quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

A INTERNET E OS CONCURSOS DE FAZ DE CONTA

O que começou como uma divertida brincadeira, agora toma proporções virais e já passa de todos os limites do bom senso.
O que se vê no Ceará e mais precisamente em Fortaleza, é um desfile de faixas com os mais variados “títulos” sem sentido, “ganhos” em votações na internet sem critérios ou julgamentos justos, de quesitos indispensáveis para se eleger uma Miss de fato e de direito.

Claro que ainda existem aqueles que defendem os tais concursos de internet, mas os argumentos em favor dessa prática são tão frágeis que nem vale a pena citá-los.

CRITÉRIOS UNIVERSAIS PARA SE ELEGER UMA MISS.

Melhor traje típico, melhor vestido, cabelo, maquiagem, melhor passarela, isso só para citar alguns dos critérios observados pelas comissões julgadoras para se escolher a grande vencedora entre candidatas que se esforçaram e claro gastaram com trajes, com make-up, cabelo etc. Vale salientar que uma candidata sentada na frente de um teclado não teve que fazer nada mais, que mandar uma foto retocada para a “organização” do concurso de internet, ser amiga de quem faz, ou pior ainda ser a própria dona do mesmo para depois sair por aí posando de MISS CPU, como se tivesse o mesmo direito legal e moral de quem foi eleita em um concurso real e obedecendo todos os critérios indispensáveis, para carregar uma faixa. 

APROPRIAÇÃO INDÉBITA

Como se não bastasse a banalização dos concursos de beleza gay pelos quais o Ceará tornou-se referencia em todo país e que agora virou motivos de piada justamente pela quantidade de “misses” de internet que “desfilam” em eventos por aí, os donos desses concursos virtuais ainda se apropriam sem nenhuma cerimônia e se valendo do anonimato, de marcas consagradas ao longo de anos de trabalho duro e responsável como é o caso do Miss Gay Ceará e do Miss Gay José Walter, que juntos somam 52 anos de tradição e que já elegeram nomes como Amanda Marques, Adma Shiva, Flavia Fontenelle, Naara Vuitton e tantas outras estrelas que são referencia quando se fala em beleza gay cearense ai neste caso o crime de Apropriação indébita é crime previsto no artigo 168 do Código Penal Brasileiro que consiste no apoderamento de coisa alheia.

Sendo assim já é chagada a hora de que não somente quem inventa tais concursos se conscientizarem de que estão além de tudo cometendo um crime, mas quem sonha em ser miss, terem a noção de que ao pular estágios para conseguir um objetivo de maneira “fácil” e sem nenhum esforço, estará se sujeitando e expondo a si mesma ao escárnio público, afinal não dá para levar a serio uma faixa “ganha” na internet e que já é chamada de MISS CPU 

Da Redação Onix Dance

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

GRUPO FAZ 'BEIJAÇO' EM BAR QUE EXPULSOU CASAL POR BEIJO GAY EM SP

Cerca de 50 pessoas participaram de um "beijaço" neste sábado (31) dentro do Milwaukee American Bar, em Ribeirão Preto (SP), em protesto contra a expulsão de um casal de mulheres do estabelecimento, após um beijo em público. O caso foi registrado na Polícia Civil pelas vítimas e tomou grande repercussão nas redes sociais: internautas classificaram a atitude do estabelecimento como homofóbica.
Em nota, o bar negou a expulsão baseada em critérios de orientação sexual, mas alegou que as garotas faziam parte de um grupo com "conduta inapropriada" e que tumultuava o ambiente.
Neste sábado, os manifestantes se concentraram na rotatória entre as avenidas Portugal, Nove de Julho e Antônio Diederichsen, a cerca de 500 metros do estabelecimento, e depois seguiram em passeata até o bar. A Polícia Militar acompanhou o trajeto e auxiliou no bloqueio do trânsito. Munidos de cartazes com mensagens contra homofobia, os manifestantes se agruparam na calçada do Milwaukee, onde quatro casais aderiram ao 'beijaço'.
As vítimas do suposto caso de homofobia não participaram do ato, mas foram representadas pelo advogado Alexandre Bonilha.
Após uma hora de negociação entre Bonilha e representantes do estabelecimento, o grupo foi autorizado a realizar o "beijaço" dentro do bar, sob orientação de que deixassem os cartazes do lado de fora. "Todo tipo de manifestação é bem vinda, desde que pacífica e organizada. O bar é a favor de qualquer tipo de manifestação e apoia todo ato que seja feito para o bem", disse o advogado Fábio Esteves Carvalho, representante do Milwaukee.
Segundo Carvalho, os proprietários do estabelecimento entraram em contato com as vítimas do suposto caso de homofobia para tentar uma solução amigável. O advogado das vítimas confirmou a tentativa de conciliação, mas disse que as jovens esperam uma retratação do bar. "Caso não haja resolução amigável, a casa poderá ser multada e ter o estabelecimento fechado, além da medida judicial que se pleiteará em indenização por danos morais", afirmou Bonilha.
O caso
A  expulsão do casal de mulheres ocorreu no último domingo (25). As garotas, de 22 e 23 anos, que não quiseram se identificar, contaram que após um beijo em público, em frente ao palco do estabelecimento, foram abordadas por um segurança e posteriormente expulsas pelo gerente da casa. Segundo uma das estudantes, a confusão ocorreu ao final do show da banda que se apresentava.
Uma das vítimas disse que outros clientes do bar reprovaram a atitude da gerência do bar. Segundo ela, um amigo se manifestou contra a expulsão e também foi retirado à força do estabelecimento. No boletim de ocorrência registrado na Polícia Civil, os três são apontados como vítimas de constrangimento ilegal.
As jovens também denunciaram o caso à Central de Direitos Humanos da Comissão da Diversidade e Combate à Homofobia da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SP) e ao Conselho Municipal em Atenção à Diversidade Sexual de Ribeirão Preto.
Com informações:G1