sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

“MONSTRO” NAZISTA QUE TENTOU “CURAR" GAYS VIRA TEMA DE DOCUMENTÁRIO.

Um nazista que buscou uma “cura” para a homossexualidade por meio de experimentos feitos em homens gays no campo de concentração de Buchenwald (Alemanha) virou tema do documentário “Triângulo Rosa”.
Carl Vaernet, o nazista, era um médico dinamarquês e foi um dos colaboradores que fugiram para o país sul-americano após a derrota do Eixo.
“[Heinrich] Himmler autorizou a pesquisa de Vaernet e demandou o extermínio de existência anormal'”, relata o militante LGBT Peter Tatchell, que, na década de 1990, pressionou o governo dinamarquês a abrir os documentos sobre o médico.
Segundo Tatchell, os nazistas perseguiram homossexuais por entender que traíam o ideal ariano masculino e por temer que pudessem causar um “dano” demográfico.
“Os nazistas descreviam os gays como sabotadores sexuais'”, explica. “Eles pensavam que a homossexualidade enfraquecia o Terceiro Reich, que precisava aumentar a população alemã para criar um exército e uma força de trabalho cada vez maior para conquistar a Europa”, diz.
Em suas experiências, Vaernet dava testosterona aos pacientes. O nazista desenvolveu uma cápsula que liberava o hormônio aos poucos (uma espécie de glândula artificial) após ser inserida cirurgicamente. De tempos em tempos, ele abria novamente os “pacientes” para trocar o aparato. Segundo Tatchell, trata-se do único caso conhecido de experimentos feitos em gays detidos em campos de concentração.
O argentino Esteban Jasper, um dos diretores do documentário “Triângulo Rosa”, afirma que cerca de 20 homens foram submetidos aos experimentos, e que três morreram no processo. “Ele não era um cientista com todas as letras”, diz Jasper.
Inicialmente, Vaernet não fazia pesquisa. Ele tinha uma clínica em Copenhagen, mas sua ligação com o nazismo o tornou alvo da resistência dinamarquesa. Ele viajou para a Alemanha e, com seus contatos, conseguiu trabalho em hospitais locais e acesso aos presos que usou como cobaia.
Logo depois da derrota do Eixo, Vaernet voltou à Dinamarca. “Ele foi preso logo, mas pouco depois enganou as autoridades dizendo que tinha uma doença séria que tinha de ser tratada na Suécia. De lá foi para a Argentina”, relata Jakob Rubin, autor de um livro sobre o nazista.
O médico chegou a Buenos Aires em 1947 e conseguiu um emprego no Ministério da Saúde da Argentina.
Segundo Rubin, Vaernet também teve uma clínica em Buenos Aires. Não se sabe, porém, se ele voltou a procurar a “cura” para a homossexualidade na Argentina.
Quando foi ao país, o médico deixou para trás os filhos do primeiro casamento. O empresário Jan Vaernet, de Copenhagen, é um dos descendentes que ficaram na Europa. Ele só soube do passado nazista de sua família quando era adolescente, pelos jornais dinamarqueses.
“Eu sabia que o meu avô paterno tinha ido para a Argentina. Mas meu pai era antinazista e tinha vergonha dos problemas e do nome do pai dele, que era reconhecidamente o de um colaboracionista. Eles se distanciaram antes de eu nascer.”
Os netos argentinos de Vaernet também cresceram desconhecendo a filiação ao nazismo e as experiências no campo de concentração.
O veterinário Sérgio Vaernet, que mora na cidade de Resistencia, na província do Chaco, nasceu quando o avô já estava morto. “Na minha família simplesmente não se falava da Dinamarca ou do passado. Era um tema que trazia muita dor. Só fui descobrir a história depois de adulto”, conta.
Fonte:Diálogo Politico
Confira matéria na Folha de São Paulo

QUE DEUS OS PERDOE! PRECONCEITO E FANATISMO DE PAIS EVANGÉLICOS CAUSA MORTE DE ADOLESCENTE TRANSGÊNERO DE 17 ANOS.

Um adolescente transexual se matou depois de deixar uma carta de suicídio na internet. Ele culpou seus pais religiosos por sua morte.
Leelah Alcorn, de 17 anos, faleceu na madrugada de domingo (28) em uma rodovia a poucos quilômetros de sua casa. Ele vivia no condado de Warren, em Ohio, nos EUA.
Estudante do ensino médio, o adolescente acusou os pais, cristãos devotos, de se recusarem a reconhecer seu gênero, o proibindo de se vestir e agir de forma feminina.
A nota de suicídio foi postada na conta de Leelah na rede Tumblr. A mensagem foi agendada para ser exibida algumas horas após sua morte.
“Se você está lendo isso, significa que eu cometi suicídio, e obviamente não vou poder excluir essa postagem”, dizia a publicação.
O jovem dizia que começou a se identificar como menina desde os quatro anos de idade. Aos 14 anos, aprendeu sobre os transgêneros, entendendo enfim, o que se passava consigo.
Leelah se jogou na frente de um veículo e morreu instantaneamente. A mídia local e a antiga escola do jovem referem-se ao adolescente usando o nome de nascimento da vítima, Joshua.
A mãe de Leelah, Carla Wood Alcorn, postou uma homenagem ao filho no Facebook, usando seu nome de nascimento e não fazendo menção ao suicídio.
O desrespeito à vontade de Leelah irritou muitos membros da comunidade LGBT, os quais criaram um grupo na rede social pedindo justiça ao jovem.
Com informações:mundo Mais

EMBRATUR DIVULGA BRASIL COMO DESTINO TURÍSTICO LGBT NA ESPANHA

O Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) mostra aos espanhóis os atrativos turísticos brasileiros do segmento Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais, Transgêneros e Travestis (LGBT) em encontro com agentes de turismo e jornalistas na Espanha.
A iniciativa, chamada de “¡Trae Tus Colores!”, aconteceu em Madri e Valência com a presença de cerca de 90 pessoas.
“Esse é mais um passo importante para fortalecer o Brasil dentro do turismo LGBT e elevar sua participação em um dos mais relevantes segmentos de mercado de viagens no mundo”, explicou o presidente da Embratur, Vicente Neto. “É importante parcerias que se preocupem com o bem receber desses turistas e com uma política estabelecida para o público LGBT que vem crescendo a cada ano”, completou.
O “¡Trae Tus Colores!” tem como objetivo divulgar ao mercado LGBT espanhol os atrativos de três destinos brasileiros: Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF) e Belo Horizonte (MG).
Brasília está levando a arquitetura, o turismo cívico e a parada do Orgulho LGBTs, o maior ato de direitos humanos da região. Já Belo Horizonte será mostrada como cidade moderna, com várias opções para visitas, tais como o Circuito Cultural Praça da Liberdade (com 12 espaços artísticos) e terceira cidade brasileira com mais estabelecimentos voltados ao segmento LGBT.
O Rio de Janeiro é vencedor de muitas pesquisas no segmento e aparece como um dos destinos mais desejados. Será evidenciado pelas belezas naturais, diversidade cultural e pelo segundo maior roteiro LGBT do País.
De acordo com a Organização Mundial do Turismo, o público LGBT representa 10% dos viajantes e movimenta 15% do faturamento do setor. Além disso, enquanto o mercado mundial de turismo cresce 3,8% ao ano, o segmento avança a 10,3%.
“Notadamente é um segmento que possui um grande potencial para a geração de divisas para o Brasil, pois apresenta gastos per capita mais elevados, em média 30% superior que o turista heterossexual. Nosso objetivo é ampliar a visibilidade e a participação do Brasil no segmento turístico LGBT mundial, aumentando a entrada de visitantes e de divisas por meio dessa parcela de turistas”, ressaltou Neto.
Destino LGBT
Hoje, o Brasil é um dos países mais procurados na América do Sul pelos turistas LGBTs. Com a realização de mais de 180 Paradas LGBTs por ano, o País oferece cultura, lazer e entretenimento, bem como aquisição de artigos de luxo.
Em busca de promover o Brasil como destino LGBT, a Embratur tem desenvolvido a promoção internacional do segmento baseada em dois eixos: participação em feiras e eventos internacionais, com destaque para a Conferência Anual da International Gay and Lesbian Tourism Association (IGLTA), que em 2012 foi realizada pela primeira vez no hemisfério sul, em Florianópolis, e em 2013,em Chicago, EUA; e ainda no apoio à estruturação do trade que opera o receptivo no Brasil, em parceria com a Associação Brasileira de Turismo para Gays, Lésbicas e Simpatizantes (ABRAT-GLS), associação que lidera o segmento no mercado turístico brasileiro.
Nos anos recentes, o Brasil avançou em sua legislação sobre o respeito ao reconhecimento e a proteção dos direitos LGBT. A capacitação de destinos brasileiros, tanto institucional como comercial, tem consolidado os destinos gay friendly, e expandido o interesse por parte de municípios a tornarem aptos a receber o turista LGBT. 
Fonte:Instituto Brasileiro de Turismo