sábado, 27 de dezembro de 2014

ASSUSTADOR!! 594 LGBTS FORAM ASSASSINADOS NAS AMÉRICAS NOS ÚLTIMOS 15 MESES.

Os dados são escassos, mas pelo menos 594 lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e intersexuais – integrantes do chamado grupo LGBT – foram assassinados nas Américas entre 1o de janeiro de 2013 e 31 de março de 2014. O período de 15 meses foi compilado pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos e apresenta um cenário bastante assustador de homofobia, sobretudo pelas fontes escassas de informação – o que indica que o número possa ser maior.
O documento foi divulgado na semana passada e apresenta um total de 770 atos violentos contra pessoas com base em suas orientações sexuais nas Américas do Norte, Central e do Sul. Dos 35 países integrantes da Organização dos Estados Americanos (OAS, em inglês, OEA em português), em pelo menos 25 deles –incluindo o Brasil – foram registrados incidentes de violência contra LGBTs. Em outros dez a comissão não conseguiu levantar dados.
“A Comissão reitera a sua preocupação pela situação de violência e discriminação contra pessoas LGBT, ou aquelas vistas como tais, nas Américas e insta os Estados Membros da OEA para que tomem medidas de prevenção, investigação e sanção a esses atos de violência, incluindo medidas para abordar as causas subjacentes a esta violência e discriminação, e recompilar dados sobre esses tipos de violência”, diz trecho do documento.
Além de pedir pela apuração, investigação e compilação de dados específicos de crimes relacionados à comunidade LGBT aos países membros, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos ainda defende campanhas de conscientização no âmbito educacional e familiar, além da possibilidade dos organismos de saúde de cada país oferecer cirurgias estéticas à população em casos em que, do ponto de vista médico, se façam necessárias.
O documento, porém, não fala em criminalização da homofobia de maneira aberta e textual. Em 2015, uma compilação mais extensa sobre o tema deve ser divulgada pela Comissão.
Violência policial é um dos pontos mais alarmantes
Em comum, a maioria dos casos apontados pelo documento mostra que os ataques com alto nível de atrocidade e violência, em geral, foram promovidos por mais de uma pessoa, em diversas ocasiões apenas por simples demonstrações de afeto em público. Pior do que isso, apenas o dado apurado pela Comissão de que existe uma postura reprovável da polícia em vários países.
“A CIDH se mostra preocupada com a informação inquietante relativa a abusos policiais, como atos de tortura, tratos desumanos e degradantes, e ataques verbais e físicos”, aponta o documento, que relata que, diante dessa postura policial, muitas vítimas deixam de denunciar crimes de ódio por medo de represálias das forças que deveriam prezar pela segurança de todos os cidadãos, independente de gênero.
Outro dado alarmante diz respeito a um assassinato maior de homens gays e mulheres trans. Dos casos levantados pela Comissão, os homossexuais costumam ser mortos com armas brancas, como facas, e seus corpos tendem a ser encontrados em casa, ao passo que o segundo grupo geralmente é vítima de armas de fogo, com cadáveres expostos em locais públicos.
Por fim, o documento aponta para a "invisibilidade" perante os crimes cometidos contra bissexuais e o fato de 80% dos atos de violência contra mulheres trans envolver pessoas de 35 anos ou menos.
cOM INFORMAÇÕES:bRASIL pOST

LUMA NOGUEIRA PODE SER A PRIMEIRA REITORA TRAVESTI DO BRASIL

A Unilab, Universidade Federal de Integração da Lusofonia Afro-Brasileira, teve a primeira reitora negra de uma universidade federal no país, Nilma Lino Gomes, recentemente afastada para assumir o a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República. Agora, os estudantes da universidade se organizam e pedem ” Queremos Luma Lá”.
Luma Nogueira de Andrade, Doutora em Educação pela UFC- Universidade Federal do Ceará, mestra em Desenvolvimento e Meio Ambiente, é a primeira doutora travesti do Brasil e também a primeira professora universitária travesti. Luma vem dos movimentos sociais, compreende as demandas por diversidade, cada dia mais necessária de serem compreendidas pela Unilab, uma universidade que reúne brasileiros e luso-africanos.
O recém indicado governador do Ceará, Cid Gomes, é quem escolherá o novo reitor ou nova reitora da Universidade. Esperamos que ele compreenda as demandas dos estudantes e atenda a este pedido coletivo. Segundo Kaio Lemos, aluno do Bacharelado em Ciências Humanas da Unilab, ter a primeira reitora travesti é o caminho lógico da universidade que vem demonstrando pioneirismo no sentido de empoderar minorias historicamente marginalizadas.
Luma é uma reconhecida intelectual pela comunidade acadêmica, além de ser aberta ao diálogo e a construção coletiva de uma educação interdisciplinar e para a diversidade.
A eleição ou escolha de Luma Nogueira de Andrade para a reitoria da Unilab representa um imenso avanço no empoderamento e visibilidade trans. 
Os alunos prometem se organizar arduamente para que a professora Luma seja a nova Reitora da Unilab.
E nós claro engrossamos esta corrente positiva que se levarmos em conta o histórico de respeito a classe LGBT promovido pelo governador Cid Gomes, terá sucesso.
Fonte: Coluna Fernando Vieira

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

'HOJE EU QUERO VOLTAR SOZINHO' ESTÁ FORA DA DISPUTA PELO OSCAR

O longa-metragem brasileiro  “Hoje eu quero voltar sozinho”, de Daniel Ribeiro, está fora da disputa pelo Oscar de filme em língua estrangeira. A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, entidade americana que organiza o prêmio, divulgou uma lista com nove produções que seguem na disputa para levar a estatueta na cerimônia do dia 22 de fevereiro de 2015. Cinco dessas produções estarão na lista final, que será divulgada em 15 de janeiro.


Ribeiro disse não ter ficado surpreso com a notícia.


— A essa altura eu não esperava muita coisa. Ultimamente a imprensa estrangeira e os críticos fizeram diversas listas. Saíram os indicados ao Globo de Ouro, ao Spirit Awards... e como não entramos nesses grupos, eu já considerava que, se "Hoje eu quero voltar sozinho" entrasse na shortlist do Oscar, seria o "azarão". De qualquer forma, chegar até onde chegamos com esse filme, sobre um adolescente cego e gay, já é impressionante. O ano de 2014 foi muito bom para a gente — afirmou o cineasta.


No total, 83 filmes tiveram suas inscrições aceitas pela Academia. Agora, seguem na competição o argentino “Relatos selvagens”, de Damián Szifrón; o estoniano “Tangerines”, de Zaza Urushadze; o georgiano “Corn Island”, de George Ovashvili; o mauritaniano “Timbuktu”, de Abderrahmane Sissako; o holandês “Accused”, de Paula van der Oest; o polonês “Ida”, de Paweł Pawlikowski; o russo “Leviathan”, de Andrey Zvyagintsev; o sueco “Força maior”, de Ruben Östlund; e o venezuelano “Libertador”, de Alberto Arvelo.


Desses, apenas “Relatos selvagens” já entrou no circuito comercial brasileiro. Até aqui, nas apostas de sites e analistas de mercado, o favorito é “Ida”, cuja estreia no país está marcada para a próxima quinta-feira, dia 25.


Além de “Hoje eu quero voltar sozinho”, outros filmes importantes ficaram de fora da lista, como o belga “Dois dias, uma noite”, dos irmãos Jean-Pierre e Luc Dardenne, o canadense “Mommy”, de Xavier Dolan, e o turco “Sono de inverno”, de Nuri Bilge Ceylan.


“Hoje eu quero voltar sozinho” fez sua estreia no último Festival de Berlim, quando recebeu o prêmio Teddy. Depois ele participou de mais de 70 festivais e ganhou outros 32 troféus. Sua trama narra o amadurecimento sexual de um adolescente cego e gay.
Fonte: O Globo

NO RIO DE JANEIRO PM VAI COMBATER CASOS DE HOMOFOBIA NO RÉVEILLON

As secretarias de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH) e de Segurança fecharam uma parceria para garantir mais segurança a população LGBT durante as festividades de réveillon.
De acordo com informe oficial do governo do Rio de Janeiro, haverá “policiamento preventivo e diferenciado voltado para a população LGBT durante as comemorações do ano novo em oito cidades do estado”.
O policiamento terá ênfase ao público LGBT e ocorrerá em pontos onde há grande concentração de pessoas, tais como a Praia de Copacabana, festas LGBT e locais com histórico de agressão homofóbica.
“É a primeira vez que vamos ter esse policiamento diferenciado no Réveillon, a exemplo do que já temos no Carnaval, há 6 anos. Com essa iniciativa, queremos dar mais segurança para a população LGBT do nosso estado, bem como dos turistas que virão passar o ano novo por aqui e que nessas épocas de grande aglomeração acabam ficando mais vulneráveis a ataques homofóbicos”, explica Cláudio Nascimento, superintendente de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos e coordenador do programa Rio Sem Homofobia.
Fonte:Forum

DITADURA NUNCA MAIS! LBGTS SOFRIAM TORTURAS MAIS AGRESSIVAS, DIZ CNV.


Ao passar a limpo muitas das violações de direitos humanos ocorridas nos anos de chumbo no Brasil, entre 1964 e 1985, o relatório final da Comissão Nacional da Verdade (CNV), entregue à presidente Dilma Rousseff, dá destaque inédito à perseguição e aos abusos ocorridos contra gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais, que durante a ditadura foram alvo tanto do regime militar quanto dos grupos de esquerda e que sofriam mais em torturas, assim como negros e mulheres.
Entre as principais violações destacadas pelos pesquisadores estão as rondas policiais sistemáticas para ameaçar e prender travestis, gays e lésbicas, cuja prática de "higienização" levou ao menos 1,5 mil pessoas à prisão somente na cidade de São Paulo; torturas, espancamentos e extorsões dirigidas sobretudo a travestis; censura à grande imprensa quando abordava a temática das "homossexualidades" (o termo LGBT não era usado na época) e aos veículos gays, como o emblemático jornal "Lampião"; afastamento de cargos públicos por conta da sexualidade, como ocorrido em 1969 no Itamaraty; prontuários de servidores públicos com registros sobre a sexualidade; além de perseguições aos embrionários movimentos de gays e lésbicas na década de 1970.
Se para o regime ser homossexual era algo considerado algo subversivo e um agravante da periculosidade de uma pessoa frente à Segurança Nacional, além de ameaçar a moral e os bons costumes – pensamento que tinha o apoio de grande parte da sociedade –, para os grupos de esquerda os movimentos LGBTs consistiam em uma "luta menor", ou um "vício pequeno burguês".
Para um dos responsáveis pelas pesquisas que resultaram no relatório, Renan Quinalha, da Comissão Estadual da Verdade Rubens Paiva, do Estado de São Paulo, embora homofobia e discriminação não tenham sido "inventadas" pela ditadura e não se possa dizer que houve uma política de "extermínio", é nítido que se tratou de uma "política de Estado".
"Dada a natureza e o grau dessa perseguição, seja por atuação ou omissão do Estado, e levando em conta o preconceito e a discriminação com uma dimensão institucionalizada, é possível afirmar que a homofobia foi, sim, uma política de Estado durante a ditadura", avalia.
Ao lado do brasilianista James N. Green, Quinalha organizou o livro Ditadura e Homossexualidades: Repressão, Resistência e a Busca da Verdade (Editora EdUFSCAR, 2014). Os dois também assinam o relatório e as recomendações incorporadas ao relatório final da CNV.
Um dos colaboradores do livro, o pesquisador Rafael Freitas, da PUC-SP, abordou em sua dissertação de mestrado o papel das rondas policiais executadas pelo delegado José Wilson Richetti no centro de São Paulo no final dos anos 1970.
"A primeira dessas rondas data de 1968, quando de uma visita da Rainha Elizabeth 2ª a São Paulo. A polícia quis limpar o centro da cidade. Em declarações a jornais da época, Richetti não fazia questão de esconder este objetivo, ao afirmar que era preciso 'limpar a cidade dos assaltantes, prostitutas, traficantes, homossexuais e desocupados'", conta.
Freitas relembra que algumas travestis, após repetidas prisões e espancamentos, criaram a tática de cortar os pulsos para saírem mais rápido da prisão. "Após três dias de humilhações, em que muitas ficavam sem comida e eram forçadas a limpar a cadeia, algumas chegavam ao ponto de tentar o suicídio para serem soltas mais rapidamente".
Há relatos de operações de Richetti em bares de gays e lésbicas em que os camburões da polícia simplesmente levavam a todos, de forma indiscriminada. "Quem for viado pode entrar", gritavam os policiais, lembra o pesquisador.
TORTURA E ESQUERDA
Pedro Dallari, jurista e coordenador da Comissão Nacional da Verdade, diz que os trabalhos da comissão ao longo dos últimos dois anos e sete meses identificaram que a sexualidade era um diferencial no grau de brutalidade das sessões de tortura.
"Homossexuais que eram presos ou perseguidos politicamente acabavam sofrendo mais. Na visão do regime isto era um agravante na condição deles, o que também acontecia com os negros e as mulheres", diz.
Durante uma audiência pública em abril deste ano, em São Paulo, outro membro da CNV, o diplomata Paulo Sérgio Pinheiro, também se posicionou sobre o tema.

"Durante a ditadura militar, a homofobia, traço incrustado desde sempre no funcionamento dos aparelhos estatais e nas atitudes da sociedade brasileira, acirrou-se. Havia repressão sistemática de homossexuais por parte do aparelho repressivo. Militantes gays eram humilhados nos interrogatórios e tortura. Espetáculos de travestis e transformistas eram censurados e proibidos. Publicações eram censuradas. A sociabilidade LGTB obrigada a se esconder e se reprimir", disse, relembrando que o país precisa avançar na aprovação da lei que criminaliza a homofobia.
João Silvério Trevisan, jornalista, um dos principais personagens da história LGBT do país e um dos criadores do jornal Lampião, que entre 1979 e 1981 foi ousado em retratar a temática gay em meio à ditadura, diz que é preciso relembrar como a população LGBT também sofreu nas mãos da esquerda.
"Muitas vezes se esquece de deixar claro este outro lado do que os homossexuais sofreram. Muitas vezes chegou até a violência física, quando mulheres lésbicas foram atacadas pelo MR8 em São Paulo. Movimentos indigenistas, de negros, do meio ambiente, e dos LGBTs eram considerados 'lutas menores', com se a chegada do proletariado ao poder fosse resolver tudo. No início da movimentação no ABC, Lula chegou a dizer 'não existem bichas na classe operária'. Houve muita indignação e posteriormente os movimentos também marcharam nas grandes greves", relembra.
CONTRIBUIÇÃO ESQUECIDA
Para o brasilianista americano James N. Green, um dos fundadores do grupo Somos – a primeira organização politizada de gays e lésbicas do país, fundada em 1978 em São Paulo –, se por um lado os homossexuais precisam de um maior reconhecimento oficial como vítimas de perseguição e violações de direitos humanos, por outro, seu papel na resistência à ditadura também é muitas vezes esquecido.
Ele relembra que, apesar das dificuldades enfrentadas com os movimentos de esquerda e sindicalistas, um grupo de 50 pessoas do Somos aderiu à marcha de 1º de maio de 1980, durante as greves do ABC, com duas faixas: "Contra a intervenção nos sindicatos do ABC" e "Contra a discriminação do/a trabalhador/a homossexual".
Para ele, a inclusão da temática LGBT no relatório final da CNV é uma vitória nestes dois sentidos. "É uma conquista histórica, muito importante. O papel dos homossexuais na redemocratização do Brasil foi sempre muito esquecido. Não fosse a dura repressão, certamente o país teria movimentos LGBTs muito mais fortes já antes do final da década de 1970, como nos Estados Unidos e na Argentina, mas havia muito medo", conta.
Marisa Fernandes, uma das pioneiras ativistas lésbicas no país, também relembra a participação das lésbicas na redemocratização, e como lutaram contra a censura. Ela conta que, em maio de 1985, a apresentara Hebe Camargo, ao trazer para seu programa na TV Bandeirantes a ativista Rosely Roth, do GALF (Grupo Ação Lésbico-Feminista), recebeu ameaças do Serviço de Censura Federal de São Paulo.
"Durante a ditadura militar, o modo de vida LGBT sofreu repressão com as tentativas de ocultar suas manifestações, porque a violência do Estado autorizava e apoiava a perseguição contra homossexuais", diz.
EXEMPLO MUNDIAL E HOMOFOBIA
Para especialistas, pesquisadores que estudam o tema, ativistas LGBTs que viveram à época e membros da CNV, há consenso sobre o avanço demonstrado e o exemplo que o Brasil dá ao mundo ao incluir os LGBTs em seu relatório final com destaque.
Eduardo González, diretor do programa de Verdade e Memória do Centro Internacional de Justiça de Transição (ICTJ, na sigla em inglês), diz que em geral as comissões da verdade ao redor do mundo tendem a focar apenas nos crimes de maior visibilidade, como execuções, torturas, desaparecimentos e prisões políticas, e que o Brasil pode dar um exemplo a outros países com o destaque inédito à população LGBT.
"É muito útil, muito importante que o radar da comissão brasileira tenha se expandido dessa maneira. Tivemos menções superficiais a LGBTs em outros relatórios, e no Peru descobrimos já muito tarde que havia grupos de esquerda que reivindicavam assassinatos de homossexuais, prostitutas e travestis, mas tivemos tempo de incluir apenas uma breve menção", diz o sociólogo peruano cuja organização já assistiu mais de 30 países em suas comissões da verdade.
Renan Quinalha, da Comissão Estadual de São Paulo, também elogia o trabalho da CNV. Para ele, a medida abre portas para a obtenção de políticas reparatórias e indenizações sofridas por esses grupos, além de aumentar consideravelmente a pressão pela criminalização da homofobia no país. "Por piores que sejam o direito penal e nosso sistema de justiça, a criminalização da homotransfobia é fundamental para mudarmos a cultura da impunidade e da naturalização das violências contra esses setores."
"A cada 28 horas, uma pessoal LGBT é assassinada no país. Esse índice é alarmante. Conhecer o passado e dar o devido reconhecimento a esses grupos marginalizados historicamente nos ajudará a romper com o ciclo de violência e de impunidade existente ainda hoje. O trabalho que fizemos não foi só de historiografia, mas de ação política no presente", afirma.
"Enquanto não for feito o acerto de contas com a ditadura em todas as suas dimensões de violências, não teremos uma democracia efetiva com respeito a direitos humanos e às diversidades."
Com informações G1

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

EGOÍSTAS, ORGULHOSOS E INVEJOSOS! PESQUISA DATA FOLHA REVELA O QUE OS BRASILEIROS DE OUTROS ESTADOS ACHAM DOS PAULISTANOS.

Pesquisa feita pelo Datafolha durante o início de dezembro, mostra que as imagem que os outros brasileiros possuem dos paulistanos piorou na última década. Segundo os dados colhidos pelo instituto, os nascidos em São Paulo são vistos como mais egoístas, invejosos e orgulhosos. O levantamento, que foi feito em todo o país, menos na capital paulista, foi realizado a partir de seis afirmações às quais os entrevistados responderiam se concordavam ou discordavam, total ou parcialmente. Foram ouvidas 2.896 pessoas em 2 e 3 de dezembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

O número de brasileiros que acredita que os paulistanos têm inveja do resto do país saiu de 16% para 20%. Assim como a porcentagem que acredita que os paulistanos se julgam melhores que os demais brasileiros pulou de 30% para 39%. A pesquisa havia sido realizada pela primeira vez em dezembro de 2003. Já a ideia de que os demais brasileiros invejariam os paulistanos caiu. Os números que apontavam uma taxa de 13%, agora mostram que 10% concordam com a afirmação.
A frase que rotulava São paulo como "a locomotiva do Brasil" também foi testada pelo Datafolha. Em 2003, 48% concordavam totalmente com a frase, mas neste ano a taxa caiu para 43%. A frase seguinte afirmava: "Os paulistanos se importam mais com seus problemas do que com os problemas dos outros" e teve uma taxa de concordância de 46%, o que mostra um aumento de quatro pontos em 11 anos.
A última setença era: "Os paulistanos trabalham mais do que  os demais brasileiros", ao que apenas 20% da população concordou totalmente. Em todos os demais testes foi apresentada uma piora no desempenho. Atualmente, o Estado de São Paulo perdeu uma importância relativa no PIB (Produto Interno Bruto), o que pode ser uma das razões para alguns números da pesquisa. Um dos outros motivos cogitados para a mudança de opinião pode ser a polarização ocorrida durante as últimas eleições nacionais.
Em relação a visão dos nordestinos sobre os paulistanos, dois comportamentos que vêm destoado fortemente durante as últimas eleições no Brasil, o resultado é pior em todas as afirmações. Ao todo, 67% dos nordestinos acreditam que os paulistanos se julgam melhores que os restantes dos brasileiros. 
Fonte:Diário do Nordeste

POLÍCIA DO RIO INVESTIGA SE MILITÂNCIA LGBT MOTIVOU ASSASSINATO DE LÍDER COMUNITÁRIO

O presidente da Associação de Moradores do Conjunto das Casinhas, na Favela da Fazendinha, no Complexo do Alemão, zona norte do Rio, Luiz Antônio de Moura, de 41 anos, foi assassinado no fim da tarde de sábado (20) na frente de um centro cultural da comunidade.

Conhecido como Guinha, Moura era militante gay, fundador do Grupo Diversidade LGBT do Alemão e organizador da primeira Parada do Orgulho Gay da favela. Os tiros que atingiram Guinha foram disparados de dentro de um carro que passou na frente da casa. O crime é investigado pela Divisão de Homicídios da Capital (DH). 

Um rapaz de 18 anos foi atingido no braço, atendido em um hospital da região e está fora de perigo. Em sua página no Facebook, Guinha publicou, nos últimos dias, fotos de festas e atividades comunitárias. Ele é personagem do documentário Favela Gay, sobre a militância nas comunidades cariocas, produzido por Cacá Diegues e Renata de Almeida Magalhães.

Em um vídeo do Coletivo Papo Reto divulgado no YouTube em maio passado, Guinha falou sobre o período em que foi travesti e se prostituiu, até deixar as ruas, há 15 anos, voltar aos estudos e iniciar a militância gay. Também criticou a chegada da UPP. “Para a comunidade, não houve mudança.” 

Em nota, a Coordenadoria de Polícia Pacificadora informou que policiais ouviram os disparos e pouco depois encontraram o corpo de Guinha. Segundo a DH, foi feita perícia no local e testemunhas começaram a prestar depoimento neste domingo, 21. Os policiais aguardavam a liberação médica do rapaz atingido no braço para ouvi-lo. A polícia  investiga se o crime está relacionado à militância de Guinha em defesa dos gays.
Com informações O estadão