sábado, 13 de dezembro de 2014

MANUAL DA ONU PROMOVE DIREITOS DE PESSOAS LGBT NO MERCADO DE TRABALHO

O coordenador-residente do Sistema Nações Unidas no Brasil, Jorge Chediek, disse na sexta (12) que mulheres e homens transexuais estão em situação de grande vulnerabilidade no mercado de trabalho.
Segundo ele, a discriminação e o preconceito se traduzem em dificuldade de acesso e permanência no emprego. Chediek cobra “cuidado e atenção especial” dos empregadores para que esses profissionais sejam respeitados.

“A exclusão que [transexuais] sofrem desde a infância e a adolescência impede que tenham, muitas vezes, educação de qualidade, formação profissional e/ou oportunidade de inserção no mercado. Por outro lado, mesmo quando têm qualificação adequada, sofrem discriminação e têm seus direitos limitados”, afirmou o coordenador, durante o lançamento do manual da Organização das Nações Unidas (ONU) Promoção dos Direitos Humanos de Pessoas LGBT no Mundo do Trabalho, no Rio.
Elaborado em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e o programa das Nações Unidas sobre Aids e HIV (Unaids), o manual tem 80 páginas e apresenta dez compromissos e desdobramentos que as empresas e empregadores podem desenvolver para enfrentar o preconceito contra lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e transgêneros (LGBT).
De acordo com um dos autores do manual, Beto de Jesus, a ideia é estimular corporações a criar processos contra a discriminação e, quando ocorrerem casos, que sejam apurados e as equipes capacitadas. Entre as medidas, o manual cita a necessidade de os executivos se comprometerem com a questão: “A liderança da empresa deve falar sobre isso porque as pessoas, muitas vezes, têm medo de se assumir como LGBT e não sabem se serão bem acolhida”, disse.

Beto de Jesus citou como exemplo o ex-presidente da multinacional norte-americana Apple Steve Jobs, falecido em 2011, que se assumiu gay. “Ele deu uma mensagem clara para os gays daquela empresa, para quem não tinha 'saído do armário', pois sabia que podia sair”, brincou. “É preciso uma liderança que reafirme: 'nesse espaço não haverá discriminação'”, completou.
Os dez compromissos também rejeitam a homo-lesbo-transfobia no relacionamento com o público e com parceiros de negócios, sugere metas para contratação e promoção de LGBT, ações de capacitação e política de responsabilização, além de pesquisas e censos internos.

Todas as medidas, segundo o representante da ONU, “promovem interações respeitosas, potencialmente criativas e inovadoras” e tornam as empresas mais produtivas. “Isso inclui as dimensões de gênero, raça, nacionalidade e de orientações sexual”, concluiu Chediek.
Com informações:Agencia Brasil de Noticias

BEIJO GAY TEM MESMO TRATAMENTO QUE BEIJO HÉTERO, GARANTE MINISTÉRIO DA JUSTIÇA

Dias depois de o SBT ter editado a novela mexicana “Sortilégio”, transformando um casal gay em amigos héteros, o Ministério da Justiça usou sua página oficial no Facebook para afirmar que o beijo gay tem o mesmo tratamento que um beijo dado entre heterossexuais.
“O beijo é Livre". Para a Classificação Indicativa do MJ, é indiferente se o beijo é entre pessoas do mesmo sexo ou não. A nudez não erótica também pode ser considerada Livre”, garante o comunicado. 
Ainda de acordo com a publicação, o mesmo acontece com as cenas de sexo: “Conteúdos mais erotizados – nudez velada, insinuação sexual e carícias sexuais, como preliminares ao ato sexual – podem ser “não recomendado para menores de 12 anos”. Nesse caso, também não faz diferença para a #ClassificaçãoIndicativa se as cenas são protagonizadas por pessoas do mesmo sexo.”
Na prática isso ainda não acontece. Algumas emissoras de TV ainda tratam o beijo gay como tabu.
Fonte:Yahootv

PORQUE O MAIS IMPORTANTE É O AMOR! "HOJE EU QUERO VOLTAR SOZINHO" RECEBE APOIO PARA A CAMPANHA DO OSCAR

"Hoje eu quero voltar sozinho", de Daniel Ribeiro, escolhido para representar o Brasil na disputa por uma vaga entre os finalistas da categoria Melhor Filme em Língua Estrangeira na próxima edição do Oscar, vai receber apoio de R$ 150 mil para utilização em sua campanha de divulgação internacional.
Para a produtora Diana Almeida, da Lacuna Filmes, o apoio da Agência ajuda a aumentar as chances do filme alcançar a indicação na lista final: "O apoio da Ancine será usado para arcar com os custos de exibições extras para os membros da Academia e com anúncios em revistas especializadas com as datas das exibições. Como são muitos filmes e um tempo muito curto para os membros assistirem a todos, o fundamental é conseguir se destacar e criar possibilidades para que o filme seja visto, por isso as sessões extras e os anúncios são muito importantes", afirmou.
Além do suporte oferecido pela Ancine, o filme recebeu apoio do Ministério das Relações Exteriores, na forma de concessão de passagens aéreas, e do Programa Cinema do Brasil, que bancou a publicação de anúncios nas revistas especializadas Variety e The Hollywood Reporter.
O filme foi escolhido como representante brasileiro na disputa pela vaga por meio de um processo seletivo organizado por uma Comissão Especial de Seleção do Ministério da Cultura e divulgado no dia 18 de setembro.
Baseado no curta "Eu não quero voltar sozinho", também de Daniel Ribeiro, seu primeiro longa-metragem mostra o cotidiano do adolescente cego Leonardo, sua relação com a melhor amiga, Giovana, e seu envolvimento com Gabriel, seu colega de escola.,
"Hoje eu quero voltar sozinho" foi um dos contemplados na chamada pública Prodecine 01/2012 do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) e contou com um investimento de R$ 600 mil em sua produção.
Com ou sem a consagração no Oscar, "Hoje eu quero voltar sozinho" já faz uma carreira internacional de respeito. Desde sua première no Festival de Berlim, em fevereiro, o longa já acumula mais de três dezenas de prêmios em festivais internacionais.
Entre os prêmios que o longa ganhaou estão: Teddy e FIPRESCI em Berlim; melhor filme pelo público do Festival de Guadalajara, no México; e o prêmio de melhor direção para Daniel Ribeiro no Festival Ibero-americano de Huelva, na Espanha. O longa ainda teve seus direitos de exibição negociados com 23 países.
Fonte:Portal Brasil
Assista ao trailer de "Hoje eu quero voltar sozinho":

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

ÚNICO CANDIDATO GAY EM ELEIÇÃO NO JAPÃO BUSCA CONSCIÊNCIA NO PAÍS

Único candidato abertamente gay a uma cadeira no Parlamento do Japão, Taiga Ishikawa espera que a eleição geral que será realizada neste domingo (14) no país ajude a chamar a atenção sobre os homossexuais em um país onde os direitos desta minoria raramente são considerados na agenda polícia.
Sua candidatura atraiu uma atenção considerável na internet, ajudando outras pessoas da comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Trangêneros) japonesa a “saírem do armário”.
“Dizem que de 3% a 5% da população do Japão é LGBT. Eu gostaria de pensar que essas pessoas podem usar seu voto para dizer à nação que elas existem”, afirmou o candidato à Reuters.
Além de Kanako Otsuji, que é abertamente lésbica e ocupou brevemente um posto no Câmara Alta do Parlamento em 2013, após um dos parlamentares morrer, o Japão nunca teve parlamentares abertamente gays em nível nacional.
Ishikawa, de 40 anos, é candidato em um distrito de Tóquio por um pequeno partido de oposição a um cargo na Câmara Baixa, uma casa que, segundo as pesquisas, o partido do primeiro-ministro Shinzo Abe deve conseguir ter maioria.
Autor de um livro popular que descreve seu sentimento de isolamento da sociedade, Ishikawa começou na política como assessor de um líder do Partido Social Democrático.
A homossexualidade não é crime no Japão, mas muitos integrantes da comunidade LGBT enfrentam discriminação em escolas, trabalho e em suas casas. Por isso, muitos preferem esconder sua real identidade. Segundo uma pesquisa feita no país, apenas 5% dos japoneses conhecem alguém que se encaixa no perfil LGBT, comparado a 60% ou 70% em países ocidentais.
Fonte:G1

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

INSANIDADE ISLÂMICA! GRUPO EXTREMISTA ATIRA HOMEM DE PRÉDIO POR “SER GAY”

Imagens chocantes de um grupo de terroristas islâmicos atirando um homem de um prédio circulam na internet. De acordo com informações do jornal inglês The Telegraph, ele foi jogado do telhado por ser gay.

Na descrição das fotos, postadas em um site jihadista, é possível ler uma decisão: “a Corte Islâmica de Wilayet al-Furat decidiu que um homem que pratica sodomia deve ser atirado do ponto mais alto da cidade”. Também foi determinado que ele seja apedrejado até a morte.
Não se sabe se a vítima morreu após a queda de dois andares, que ocorreu em uma área no Norte do Iraque — controlada pelo Estado Islâmico. Em uma das imagens, nove homens armados usando balaclavas pretas comemoram enquanto o homem aparece imóvel no chão.
Ainda segundo o jornal, esta é a terceira vez na qual um homem é morto em domínios islãs sob “acusação de homossexualidade”.
Com informações:JOpção

PETIÇÃO ONLINE PELA CASSAÇÃO DO MANDATO DE BOLSONARO JÁ PASSA DAS 100 MIL ASSINATURAS. PARTICIPE.

Após o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) dizer que não estupraria a deputada Maria do Rosário (PT-RS) porque “ela não merece”, uma petição online pede a cassação do mandato do deputado.
Organizada no site de petições online Avaaz, sob o título“Conselho de Ética da Câmara dos Deputados: Cassação do Deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) #Fora Bolsonaro”, o abaixo-assinado já conta com mais de 100 mil assinaturas. A meta é atingir 500 mil. O documento deve ser entregue ao Conselho de Ética da Câmara.

“Agora passou dos limites, o Deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) disse na tribuna no dia 09/12 a Deputada Maria do Rosário que ‘só não lhe estupro porque você não merece’”, diz a descrição da petição. “O deputado já tem em seu histórico: agressões, xingamentos e discursos de ódio contra deputados progressivos, não podemos mais aceitar nenhum engavetamento. Isso é decoro parlamentar! Fora Bolsonaro!”
Com informações:Terra

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

VITIMA DE TORTURA DURANTE O REGIME, DILMA CHORA AO RECEBER RELATÓRIO SOBRE DITADURA MILITAR

 Visivelmente emocionada, a presidente Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira, durante a divulgação do relatório final da Comissão Nacional da Verdade (CNV), que o país devia isso à gerações que sofreram as terríveis consequências da ditadura militar, mas alertou que o texto não pode servir para revanchismo.

"As novas gerações mereciam a verdade", disse Dilma. "Sobretudo, mereciam a verdade aqueles que perderam familiares, parentes, amigos, companheiros e que continuam sofrendo", continuou a presidente pouco antes de começar a chorar e ser aplaudida pela plateia.
"Continuam sofrendo como se eles morressem de novo e sempre", concluiu Dilma após o choro.
A comissão, que trabalhou 31 meses, analisou documentos, colheu depoimentos de familiares e pessoas que foram perseguidas durante o regime militar --que durou de 1964 a 1985-- e também ouviu militares e agentes de segurança daquela época para tentar reconstruir o período ditatorial e apontar responsabilidades.
"Nós devemos isso às gerações como a minha que sofreram suas terríveis consequências e, sobretudo, devemos isso à maioria da população brasileira que nascida após o último regime autoritário não teve acesso integral à verdade histórica", disse a presidente.
O relatório tem três volumes e será disponibilizado na íntegra na Internet (www.cnv.gov.br).

O relatório conclui que houve crime contra a humanidade na ação do regime militar.
"(O relatório) conclui que houve graves violações de direitos humanos, que elas se deram de maneira sistemática a partir de uma política de Estado, que o regime militar adotou, e que isso configura a partir dos critérios jurídicos do direito brasileiro e do direito internacional crime contra a humanidade", disse o coordenador da comissão, Dalmo Dallari, a jornalistas, depois da cerimônia.
A presidente deixou claro, porém, que o trabalho da comissão não deve ser usada para revanches históricas.
Com informações:Reuters

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

LIVRO RELEMBRA PERSEGUIÇÃO À COMUNIDADE LGBT DURANTE A DITADURA

Se compreender os meandros políticos e jurídicos da ditadura exige um enorme esforço analítico, como comprova a profusão de reflexões nos últimos anos sobre esse tema, entender a relação entre a ditadura e a homossexualidade é questão ainda mais complexa.
Do cruzamento entre a ditadura e a homossexualidade, diversas questões emergem de plano. Quais foram os efeitos da ditadura no cotidiano de mulheres que amavam outras mulheres, de homens que desejavam outros corpos masculinos ou mulheres e homens que se recusaram a reproduzir as noções e o comportamento hegemônicos de gênero? A situação de gays, lésbicas, travestis e transexuais piorou ou melhorou sob a ditadura durante os anos 60, 70 e 80? Houve uma consequência real na vida do “homossexual comum” quando os generais substituíram os civis no governo, quando a Lei de Segurança Nacional fortaleceu o poder arbitrário do Estado, quando a censura passou a exercer maior influência sobre a produção cultural e quando o novo regime acabou com as liberdades democráticas impondo uma moral baseada em valores conservadores? E o movimento social LGBT, então em incipiente organização, como foi afetado por essa conjuntura específica?
A homossexualidade constituía, segundo a própria visão oficial do governo, uma ameaça subversiva ao regime autoritário. O anticomunismo se articulava com valores morais conservadores na produção de políticas repressivas de Estado contra pessoas LGBT, pelos riscos que estas representavam à “família”, à “moral” e aos “bons costumes”. Assim, normas jurídicas e forças policiais foram mobilizadas, especialmente depois do golpe de 1964, para restringir direitos desse segmento LGBT e hostilizar essas pessoas de lugares públicos. Mas essa repressão teve de conviver com seu contraponto, que foi a liberdade e a resistência que se materializaram em espaços de sociabilidades homossexuais, ainda que guetificados.
Essa ambiguidade deve ser ressaltada. A tentativa de normalização da sociedade em uma régua bastante conservadora de valores nesse momento conviveu com as resistências que surgiam nas universidades justamente no momento da chamada “revolução sexual”, com novos papeis sociais conquistados pelas mulheres, especialmente das classes médias, e com a ampliação dos espaços de sociabilização homossexual. Essas transformações culturais eram compreendidas pela direita como atentatórias à moral e aos bons costumes, contra a religião católica e nocivas à família tradicional brasileira.
Infelizmente, parte significativa das esquerdas compartilhavam essas mesmas noções moralistas e homofóbicas, o que acabava por marginalizar os militantes com desejos homoeróticos. Reconhecer isso, no entanto, não significa colocar em um mesmo patamar os tratamentos que a ditadura e as esquerdas dispensaram a esse tema. Nesse sentido, é imperativo ressaltar a diferença existente entre o atraso da esquerda nessa pauta e o poder do Estado para reprimir os homossexuais, usando a censura e a violência direta de modo a interditar um debate sério sobre esta questão.
O ano de 1968 marcou a passagem para outra fase da história do regime militar. A edição do Ato Institucional n. 5 (AI-5), decretado em 13 de dezembro de 1968, acabou com esse ensaio de emancipação que mal tinha sido desencadeado. A repressão, a censura, o medo, as violências, a cassação de direitos e o poder policial, que aumentou neste momento, acabaram com qualquer sonho de uma organização LGBT.
As torturas, as prisões arbitrárias, os desaparecimentos forçados, as execuções sumárias, a censura e o estado de exceção contra as esquerdas, os estudantes e os movimentos político-sociais afetaram toda a sociedade. Para os gays e as lésbicas, a repressão abafou as possibilidades de se imaginar novos modos de vida, formas de expressar o desejo e os afetos, bem como movimentos sociais identitários. As arbitrariedades dos órgãos de Estado criaram uma paranoia e um pânico entre as pessoas, o que dificultou qualquer oportunidade de organização política para contestar as atitudes homofóbicas, conservadoras e moralistas, tanto da ditadura quanto da sociedade como um todo.
Talvez um dos exemplos mais evidentes da repressão institucionalizada neste período foram os expurgos de homossexuais dentro do Itamaraty entre 1969 e 1970, uma campanha que só deu resultando parciais, pois havia muitos diplomatas que protegeram os alvos desta campanha. Esse episódio da ditadura ainda é pouco pesquisado, mas os sete diplomatas que foram cassados explicitamente por “prática de homossexualismo, incontinência pública escandalosa” refletem bem as influências moralizadoras do regime militar contra a suposta subversão de homossexuais.
A partir de 1974, com a abertura lenta e gradual e a reorganização das oposições à ditadura, criam-se as condições para uma organização política de gays e lésbicas. Apesar dessas iniciativas de organização do movimento, a repressão policial nesse período não cessou. Nessa época ocorreram episódios fundamentais para compreender a ação repressiva da ditadura sobre a vida de gays e travestis na cidade de São Paulo no período de 1976 a 1982. Intensificaram-se as operações de policiamento ostensivo e de repressão judicial contra a população LGBT. Destacam-se, em particular, os estudos criminológicos do delegado Guido Fonseca sobre as travestis e as rondas com prisões arbitrárias que foram acentuadas sob o comando do delegado José Wilson Richetti no governo de Paulo Maluf
Como reação às violências na cidade contra esses setores marginalizados, os novos movimentos sociais que surgiram, especialmente os movimentos feminista e negro, serviram como exemplos para o incipiente movimento LGBT, que se organizou nos anos 70 e 80 justamente como parte da onda mais ampla de redemocratização do País após duas décadas de ditadura.
Sob diferentes óticas, portanto, o livro Ditadura e homossexualidades: repressão, resistência e a busca da verdade busca uma melhor compreensão sobre esse período. Quem trabalha para buscar a memória e a verdade sobre o regime militar tem de ampliar o campo de visão para entender todas as maneiras em que a ditadura influenciava e afetava a sociedade brasileira. As lésbicas, os gays e as travestis também foram e seguem sendo vítimas da repressão, do discurso moralizador e do regime arbitrário. Gays e lésbicas também foram protagonistas da enorme mobilização que logrou enfraquecer e derrubar a ditadura para criar uma nova situação mais democrática que, apesar de suas limitações, permitisse conquistar direitos e novos espaços dentro da sociedade brasileira e por um País mais justo.
Visibilizar as violências praticadas pelo Estado contra esses segmentos sociais e, ao mesmo tempo, a resistência que estes empreenderam é uma tarefa que diz respeito não apenas ao passado, mas também ao presente.
A homotransfobia ainda é, infelizmente, uma questão atual no Brasil. O crescimento da influência de religiões conservadores sobre o sistema político tem imposto uma série de bloqueios e até de retrocessos para as lutas por igualdade e reconhecimento. A defesa dos direitos das pessoas LGBT e a defesa da democracia se confundem. Assim, inserir essa agenda nas políticas de justiça e de reparação em curso no País permite compreender que a luta por aprofundar a democracia é, também, uma luta que demanda o pleno respeito à diversidade sexual.
*Esta é uma versão adaptada da introdução ao livro Ditadura e homossexualidades: repressão, resistência e a busca da verdade, que foi lançado no dia 26 de novembro, às 19h, na Livraria da Travessa do Leblon no Rio de Janeiro e no dia 27 de novembro, às 19h, na Biblioteca Mário de Andrade em São Paulo.
TítuloDitadura e homossexualidades: repressão, resistência e a busca da verdadeOrganizadores: James Green e Renan Quinalha
EditoraEdUFSCar 
Número de páginas: 332
Preço: 49 reaisISBN: 978-85-7600-386-1
Fonte:Carta Capital

NOJETO! BOLSONARO ADMITE SER "ESTUPRADOR" AO DIZER QUE SÓ NÃO ESTUPRA DEPUTADA PORQUE A MESMA NÃO MERECE!

Vamos começar esta postagem com a pergunta? Será que os mais de 400 mil eleitores que elegeram este senhor e seus dois filhos concordam que sua sandice? Até quando os outros Deputados vão fazer vista grossa para as declarações e atos deste neonazista? Pra quê serve o Conselho de Ética da Câmara dos deputados? Por quanto tempo os cofres públicos vão sustentar pessoas como este senhor que é no mínimo indigno de exercer o cargo que ocupa?

Vamos ao fato vergonhoso protagonizado por este fóssil da ditadura:

 O deputador Jair Bolsonaro (PP-RJ) repetiu, nesta terça-feira, na Câmara, o insulto que já havia feito, em 2003, à deputada federal Maria do Rosário (PT-RS). Durante uma plenária, a deputada elogiou o trabalho da Comissão Nacional da Verdade, que entrega seu relatório final na quarta-feira, Dia Internacional dos Direitos Humanos. Quando chegou a vez de o político falar, ao ver que ela deixava o plenário, ele a insultou:
 
 
— Não sai não, dona Maria do Rosário, fica aí. Fica aí, Maria do Rosário, fica. Há poucos dias você me chamou de estuprador, no Salão Verde, e eu falei que não ia estuprar você porque você não merece. Fica aqui pra ouvir.

Insulto antigo
 
Em 2003, durante uma entrevista à RedeTV!, Bolsonaro falou a mesma coisa. "O senhor promove a violência", disse Maria do Rosário na ocasião. "Eu sou estuprador agora? Jamais iria estuprar você, porque você não merece". Além disso, ele a empurrou e xingou de "vagabunda".
 
 
A assessoria de imprensa de Jair Bolsonaro disse que o deputado deve se pronunciar em plenária e não irá emitir nenhum comunicado. Por telefone, a assessoria de imprensa de Maria do Rosário afirmou que a deputada não vai se pronunciar, mas alguns deputados já anunciaram que vão ingressar um pedido no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara contra o deputado.
 
 
Ofensas machistas
 
A deputada estadual Manuela D'Ávila (PCdoB-RS) manifestou apoio a Maria do Rosário, através de nota compartilhada no Facebook. A parlamentar defendeu ainda a alteração do Código de Ética e Decoro da Câmara para tratar de insultos de cunho machista.
 
 
"Orgulho de minha amiga Jô Moraes, que propõe, nesse momento, alteração no regimento do Código de ética para tratar de agressões machistas. Muitas vezes as deputadas são ofendidas no Congresso. Hoje, foi a Maria do Rosário, a quem sou solidária pelo que ouviu de Bolsonaro.
 
 
Bolsonaro disse na tribuna que não estupraria a deputada Maria do Rosário porque ela não merece. Ocorre que sempre põem panos quentes nos disparates do Bolsonaro. Ele agride as mulheres e se empodera pelas recorrentes absolvições. Como lutar por um país sem machismo assim!?
 
 
E, no Congresso, o barco segue como se nada fosse. Um dia sou eu, noutro a Alice Portugal, noutro a senadora Vanessa Grazziotin, hoje a Maria do Rosário.
 
 
Quando ele diz que ela não merece ser estuprada, diz sublinarmente que 1) algumas mulheres merecem 2) que ele é potencial estuprador. Nosso partido, liderado por Jandira Feghali ,representará Bolsonaro mais uma vez no Conselho de Ética. Ela tratará do tema agora, na reunião de lideres", escreveu Manuela.
Da redação Onix Dance com informações cenário MT

IBGE: EM 2013, BRASIL REALIZOU 3.701 CASAMENTOS ENTRE PESSOAS DO MESMO SEXO

Levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre Registro Civil divulgou a realização de 3.701 casamentos entre pessoas do mesmo sexo no país em 2013. O estado de São Paulo foi o que registrou o maior número de uniões, com 1.945 ao todo. Já o Acre foi a unidade da federação que obteve o menor número, com apenas um casamento.
Esta é a primeira vez que o IBGE inclui o casamento entre pessoas do mesmo sexo no levantamento sobre Registro Civil. Isso foi possível graças ao Conselho Nacional de Justiça, que aprovou a resolução 175, em maio de 2013, que proíbe a “recusa de habilitação, celebração de casamento civil ou de conversão de união estável em casamento entre pessoas de mesmo sexo”.
Dividido por gênero, a pesquisa revela que as mulheres foram as que mais formalizaram a união, com 1.926 casamentos. São Paulo registrou o maior número de uniões femininas, com 1.048 (54%); Minas Gerais teve 109 (5,6%); Ceará, 104 (5,4%); e Rio de Janeiro, 99 (5,1%).
Entre os homens, foram registradas 1.775 uniões e novamente São Paulo liderou a estatística, com 897 casamentos (50%); Santa Catarina aparece com 126 (7%); Rio de Janeiro com 112 (6,3%) e Minas Gerais com 100 (5,6%).
Outro dado divulgado é que, entre os homens, 82,3% dos casamentos ocorreram entre solteiros; 12,5% entre solteiro e divorciado; e 1,5% entre divorciados. Entre as mulheres, 75% das uniões foram entre solteiras; 17,4% entre solteira e divorciada; e 1,4% entre divorciadas.
A pesquisa feita pelo IBGE também revela que a idade média dos casais masculinos foi de 37 anos e 35 para as mulheres. Entre casais heterossexuais, a ideia média é de 30 e 27 anos.
Com informações:Forum

HISTÓRIA. VEJA FOTOS COM 'DRAG QUEENS' DO SÉCULO XIX

Se você pensava que a combinação, salto alto, vestido e barba eram criação da drag Conchita Wurst, se enganou.

Saiba que o mundo multicolorido das drag queens, já arrasava em branco e preto há pelo menos 200 anos atrás e o site Brasil Post, trás uma seleção de imagens com homens e mulheres abusando do espartilho desafiando a questão de gênero e claro causando em pleno século XIX. Tá meu bem.
Da redação onix dance com informações :Brasil post.



segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

APÓS COMPLICAÇÕES COM HIDROGEL, KEN HUMANO PENSA EM DESISTIR DA CARREIRA

Celso Santebanes, conhecido pelas cirurgias plásticas - ao todo sete - que fez para se transformar em uma versão humana do boneco Ken, vive momento de angústia e indecisão em sua carreira. O modelo, que assim como Andressa Urach também aplicou hidrogel nas pernas, já começa a ter alguns problemas por conta do produto.

Em entrevista ao EGO, Celso demonstra arrependimento e se diz assustado: "Eu já estava sentindo umas dores nas pernas e vi algumas manchas. Depois do drama da Andressa, tive certeza de que meu problema era por conta do gel. Na hora me bateu um desespero e eu me senti apavorado e enganado pelo meu médico."

O modelo aplicou 150 ml de hidrogel em cada perna e apenas 60% foi absorvido pelo corpo. "Eu preciso retirar o restante do produto para evitar mais inflamações. O que mais me assusta é que não será retirado o produto por completo, porque ele já se espalhou pelo corpo, mas meu médico disse que conseguirei retirar 80% do que ainda está dentro de mim", conta Celso.
O brasileiro de apenas 20 anos aplicou o produto quando tinha 17 e hoje, às vésperas de viajar para Los Angeles, nos Estados Unidos, para participar de um reality show, chegou a colocar sua carreira em dúvida. "Passou pela minha cabeça desistir de tudo. Achei que teria que fazer a retirada do produto imediatamente. Estou um pouco mais calmo agora que conversei com meu médico, fiz todos os exames possíveis, estou controlando a infecção com remédios e poderei fazer a retirada do produto quando voltar dos meus compromissos internacionais", explica.
O Ken humano está tratando a infecção com um novo médico e conta que o médico anterior, que aplicou o produto, não atende suas ligações: "Ainda bem que tenho um novo médico, porque o outro, além de não me alertar, sumiu. Me senti muito enganado. O cirurgião que aplicou em mim queria ganhar dinheiro apenas e em nenhum momento me alertou sobre os riscos".
Celso se diz mais cauteloso após o susto e alerta para os perigos da busca desenfreada pela beleza: "Vou seguir todos os cuidados e fazer a total retirada do produto. Isso ficou como um aprendizado, né? Jamais voltarei a aplicar qualquer coisa que possa me prejudicar!".
Fonte:Ego

DOMINGO 14 TEM PARADA GAY EM CAUCAIA

Acontece neste domingo 14 de dezembro mais uma Parada pela Diversidade Sexual de Caucaia, importante cidade da região metropolitana de Fortaleza.
A concentração será a partir das 16 horas no Icaraí.

Entre as atrações estarão: Narrasha Dellatorre, Siberian Aiko, Lorrana Layser, Flavia Fontenelle e Pérola Negra, Banda Mistura e Manda e Paulo Cavalcante.

EXPULSÃO DE BURGER KING POR BEIJO GAY MOBILIZA REDES SOCIAIS NA ESPANHA

Tudo teria acontecido porque eles se beijaram, o que incomodou um casal heterossexual, que estava com os filhos no local. Foi o vigilante da lanchonete que expulsou os dois rapazes.
O relato das vítimas foi feito à associação madrilenha Arcópoli, que defende os direitos LGBT e que lhes ofereceu apoio legal e psicológico.
Segundo relataram à entidade, "apesar de que alguns clientes lhes pediram para que não saíssem, finalmente atenderam ao vigilante e foram embora magoados".
A Arcópoli avalia que "a expulsão de duas pessoas por dar um beijo é um fato grave" e que o comportamento do vigilante é "inadmissível".
O assunto ganhou repercussão quando uma conhecida de um dos rapazes postou um tuíte denunciando o fato, apontando-o como um caso de homofobia.
Desde então, a polêmica ganhou as redes sociais, e alguns meios de comunicação da Espanha registraram o incidente.
Este foi um dos primeiros tuítes sobre a expulsão na lanchonete
Em comunicado, a Burger King Corp. esclarece que tomou conhecimento dos fatos e que "o responsável de segurança atuou de maneira independente", sem consultar o gerente do estabelecimento.
A nota diz ainda que a empresa "tem uma longa história dedicada à diversidade, incluindo apoio para a comunidade LGTB. A diversidade é uma força que incentiva nossa inovação e fomenta um entorno inclusivo para empregados, franqueados, fornecedores e clientes dos restaurantes Burger King".
O comunicado destaca ainda que o franqueado da rede tem uma política de "tolerância zero contra qualquer tipo de discriminação" e que tomou "medidas imediatas" para tratar o incidente.
Um tuíte ironizou: "Homossexuais de todo o mundo, não beijem na frente de crianças, vai que elas aprendem respeito e que o amor pode e deve ser livre''
Em entrevista à BBC Brasil, Amanda Rodríguez, coordenadora da Arcópoli e porta-voz dos dois rapazes, explica que a entidade chegou a cogitar formalizar uma queixa contra o vigilante.
Mas os representantes da associação resolveram esperar pela reunião com o Burger King Espanha, em data a ser agendada, para avaliar as medidas tomadas pela empresa contra o comportamento do segurança e decidir se levam a denúncia adiante.
Rodríguez afirma que a empresa se mostrou do lado da comunidade LGBT e das vítimas, já que atendeu rapidamente à entidade e esclareceu que foi uma postura individual do vigilante. "O gerente realmente não sabia do que houve e quer pedir desculpas pessoalmente aos jovens", diz.
A expectativa da Arcópoli é realizar, com a rede Burger King, um trabalho conjunto de campanhas educativas e pró-ativas contra a homofobia.
Conforme a ativista, a entidade quer também que o governo da região autônoma de Madri crie uma lei contra a homofobia, bifobia e transfobia, para evitar que incidentes como esse se repitam.

Beijaço

Rodríguez alerta que as agressões e incidentes homófobos cresceram no centro de Madri nos últimos meses. A associação estima que apenas 10% das pessoas que sofrem agressões homófobas denunciam à polícia – por medo ou porque consideram a denúncia ineficaz.
Nas redes sociais (#StopLGTBIQfobia), foi convocado um "beijaço" na porta do estabelecimento, na Praça dos Cubos de Madri, no último sábado 06 de dezembro, às 18 horas.
"Não podemos ficar sem fazer nada diante dessa mostra desprezível de discriminação homófoba. Se atacam uma, atacam a todas as pessoas que somos contra a discriminação", diz um trecho da apresentação do evento no Facebook.
A Arcópoli afirma que não apoia o "beijaço" em frente ao local. "Não que um pedido de desculpas seja suficiente, mas estamos seguindo um caminho, passo a passo, contra a discriminação sexual. O apoio que estamos recebendo de uma empresa do porte do Burger King é inédito", explica a ativista.
Fonte:BBC Brasil