sábado, 12 de maio de 2012

MITT ROMNEY HUMILHOU COLEGA GAY NA ESCOLA SEGUNDO, WASHINGTON POST!

Mitt Romney, o candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, teria humilhado um colega gay durante seus tempos de escola. As informações são do jornal Washington Post.

Nos anos 1960, quando Romney estava na escola Cranbrook, elitista e exclusiva para garotos, ele teria cortado o cabelo de um colega gay, como parte de um processo de humilhação. Romney já havia criticado John Lauber, que usava cabelos compridos e tingidos de loiro e, um dia, junto com um colega, Romney teria jogado o estudante no chão e cortado seu cabelo à força. 
O incidente foi reportado ao jornal por cinco estudantes diferentes: Matthew Fredemann, Phillip Maxwell; Thomas Buford, David Seed e outro ex-aluno que pediu para não ser identificado. A vítima, que poderia confirmar a história, morreu em 2004. O jornal informou que alguns desses antigos colegas hoje são Democratas – Buford foi voluntário na campanha de Obama em 2008. Os ex-alunos afirmam que a opinião política não mudou suas lembranças.
O porta-voz da campanha de Romney afirmou que o candidato não tem nenhuma memória do incidente. “As histórias, de quinze anos atrás, parecem exageradas (...) Romney não tem nenhuma lembrança de ter participado desse incidente”, infoma o comunicado.
O site Politico lembrou que a reportagem do Washington Post foi publicada na mesma semana em que o presidente e candidato democrata Barack Obama anunciou ser favorável ao casamento gay.
Hoje, Romney afirmou que fez algumas coisas “idiotas” quando era jovem, em entrevista àFox News Radio. No entanto, o candidato disse não se lembrar do incidente com Lauber. “Preguei várias peças no ensino médio, fiz algumas coisas idiotas e se ofendi alguém, peço desculpas. Foi há muito tempo, fico feliz de ter feito bons amigos naqueles anos”, disse Romney à rádio.
Sobre uma outra “brincadeira” da época, em que Romney teria ofendido outro colega, o candidato afirmou desconhecer que o envolvido era gay, riu e pediu desculpas novamente. Romney afirmou que hoje é uma pessoa muito diferente de quem era naquela época e que foi positivamente influenciado por sua esposa, Ann Romney. 
Fonte: Exame

sexta-feira, 11 de maio de 2012

ESPECIALISTAS DOS EUA APROVAM MEDICAMENTO PARA PREVENÇÃO DO HIV

O Comitê Consultivo sobre Drogas Antivirais, que aconselha a Agência Americana de Drogas e Alimentos (FDA, na sigla em inglês), aprovou o uso do Truvada, um comprimido de uso diário que deve ser usado por pessoas não infectadas que estariam correndo risco maior de contrair o vírus da Aids.



O uso do medicamento foi aprovado pelo comitê com 19 votos a favor e três contra para que o Truvada seja receitado para o grupo considerado de maior risco, homens não infectados que tem relações sexuais com múltiplos parceiros também homens.
Também foi aprovado, por maioria dos votos, a prescrição do Truvada para pessoas não infectadas que tem parceiros portadores do HIV e para outros grupos considerados em risco de contrair o vírus através de atividade sexual.
O uso do Truvada já foi aprovado pela FDA para pessoas que já tem o vírus HIV e é tomado junto com outros medicamentos.
Estudos realizados em 2010 mostraram que o Truvada, do laboratório californiano Gilead Sciences, reduziu o risco de infecção pelo HIV entre 44% e 73% em homossexuais masculinos saudáveis e entre heterossexuais saudáveis que são parceiros de portadores do vírus HIV.



Oposição

A votação no comitê ocorreu depois de uma reunião de 11 horas em Silver Spring, Maryland, e uma longa sessão de comentários.
Alguns funcionários do setor de saúde e grupos ativos na comunidade de portadores do HIV foram contra a aprovação do uso do Truvada. Este grupos temem que os usuários do medicamento desenvolvam uma falsa sensação de segurança.
Eles também temem o surgimento de uma variante do HIV resistente ao remédio.
Também existe a preocupação com o alto custo do Truvada, que pode desviar recursos de opções mais baratas.
"Precisamos ir mais devagar. Eu me preocupo muito com minha comunidade para não falar de minhas preocupações", afirmou Joey Terrill, da Aids Healthcare Foundation, fundação que fez campanha contra a aprovação do medicamento.
"O Truvada precisa ser tomado todos os dias, 100% do tempo e a minha experiência como enfermeira registrada me diz que isto não vai acontecer", afirmou a enfermeira Karen Haughey.
No entanto, outros aprovaram a decisão do comitê.
"Isto nos coloca mais perto de um marco decisivo nos esforços globais de prevenção do HIV", afirmou depois da votação Mitchell Warren, diretor-executivo da Coalizão de Defesa da Vacina da Aids.
A FDA não é obrigada a seguir o aconselhamento do comitê, mas geralmente segue. A decisão final da agência americana deve ser tomada no dia 15 de junho.
Fonte:BBC Brasil

quarta-feira, 9 de maio de 2012

"UM TIRO NO PÉ!" "TRANSLENDÁRIO" VIRA MUNIÇÃO CONTRA A PREFEITURA E LGBTS


O grupo “As Transvestidas” lançou no Ceará um calendário com 12 imagens em que atores transformistas aparecem em obras clássicas e cenas populares. Nas páginas dos meses de janeiro a dezembro do “Translendário”, como é intitulado o trabalho, há releituras das pinturas “Mona Lisa” e “A Última Ceia”, de Leonardo da Vinci, e da escultura Pietà, de Michelangelo.  A presença da logomarca da Prefeitura de Fortaleza na publicação gerou polêmica na Assembleia Legislativa do Ceará nesta terça-feira (8), mas o município diz que não apoiou financeiramente o calendário. Um deputado estadual considera o calendário um ''desrespeito'' aos cristãos.
“A ideia do 'Translendário' foi fazer um produto com qualidade que pudesse levar uma imagem positiva do universo trans. Uma imagem diferente da lama e da prostituição”, explica um dos idealizadores do projeto, Silvero Pereira.
De acordo com o ator, produtor e professor, o nome diferente para o calendário surgiu para fazer alusões ao objetivo do produto e “às travestis como lendas da nossa cultura”. A escolha das 12 imagens não foi fácil, segundo Silvero Pereira, e discutida em reuniões com os produtores durante os dois anos que o projeto foi idealizado.
“Queríamos uma visibilidade positiva e, com uma boa fotografia, produção e design, pensamos em obras clássicas que fossem referência para as pessoas, que já fizessem parte do imaginário coletivo”, afirma.
Com referências do mundo LGBTT, o mês de agosto do “Translendário” traz, por exemplo, a “Transvênus”, uma releitura da obra “O Nascimento de Vênus”, de Sandro Botticelli. A capa clássica do disco “Abbey Road”, do The Beattles, também é lembrada no mês de julho na versão “Crossdressroad”. A famosa “Mona Lisa”, de Leonardo da Vinci, transformou-se em “Mona”, e a cantora Carmen Miranda é retratada com as tradicionais cores e pose e o título “Disseram que voltei Trans-Operada”.
Segundo o idealizador, foram impressos 400 exemplares que, desde janeiro, são distribuídos em eventos e ONGs ligadas ao movimento LGBTT. O "Translendário" também pode ser comercializado pelo valor de R$ 10, mas a venda está suspensa, de acordo com Pereira, depois que o calendário recebeu críticas na Assembleia Legislativa do Ceará. "Queremos esclarecer qual é o objetivo do nosso trabalho", diz.
Polêmica
O deputado estadual Fernando Hugo (PSDB-CE) apresentou o “Translendário” na manhã de terça-feira (8) no plenário da Assembleia Legislativa afirmando que as imagens o fizeram se sentir desrespeitado como cristão. “Eles [grupo LGBTT] que tanto querem respeito, deviam primeiro respeitar”, disse o deputado em contato com o G1 nesta quarta-feira (9).
Segundo Silvero Pereira, o calendário traz releituras de obras de arte. "Não tem nada a ver com religião. É uma releitura artística, das obras de arte, assim como é feita em outras artes. Michelangelo e Da Vinci nem católicos eram", diz.
Outra crítica do deputado é a impressão da logomarca da Prefeitura de Fortaleza na primeira página dos calendários. Fernando Hugo informou que já entrou com uma ação no Ministério Público pedindo explicações sobre o tipo de apoio dado pela Prefeitura de Fortaleza ao calendário.
“O que é desalentador é que a prefeitura lamenta tanto a falta de dinheiro para investir e destina de modo fácil e rápido recursos para uma publicação assim”, disse o deputado, completando, “é um gasto de dinheiro do povo numa publicação que nada produz de educativo. Quero saber qual o fundamento. Qual o beneficio que ele trará ao povo de Fortaleza?”.
A Prefeitura de Fortaleza informou, por meio da Secretaria de Direitos Humanos, que o Translendário não recebeu apoio financeiro do município e a marca da gestão foi utilizada indevidamente pela organização. "Todo o investimento foi feito pelo grupo (As Trasvestidas) e realizado com apresentações artisticas", afirma Silvero Pereira.
"A ideia de colocar logomarca da Prefeitura foi uma decisão minha em agradecimento às ações e parceiras desenvolvidas pela Coordenadoria da Diversidade Sexual. Por isso, coloquei como apoio", diz. O artista acrescenta que o grupo deciciu retirar a primeira página do calendário que contém a referência à prefeitura municipal.
Segundo o produtor cultural, os valores dos cachês e da renda da bilheteria de espetáculos encenados pelo grupo foram destinados para a produção do calendário que não contou com verba da Prefeitura. O custo do produto, segundo Pereira, variou entre R$ 2.000 e R$ 2.500 e os envolvidos no projeto não cobraram pelo trabalho.
Apesar de criticar a presença da logomarca “Fortaleza Bela” na publicação e criticar a forma como o conteúdo foi apresentado, Fernando Hugo disse não ser contra o público LGBTT ou manifestações pela diversidade sexual. “Porém, como cristão, sem ser piegas ou carolista, posso dizer que os travestis desrespeitaram o mundo cristão”, afirma.
Fonte:G1