sábado, 7 de abril de 2012

HARRY SHIBATA O LEGISTA DA DITADURA


Um grupo de manifestantes percorreu hoje (7) o bairro de Pinheiros, zona oeste paulistana, para denunciar à comunidade local a atuação do médico-legista Harry Shibata durante a ditadura militar. Cartazes colados em postes diziam que Shibata assinou laudos falsos para encobrir mortes decorrentes de tortura, como o caso do jornalista Vladimir Herzog. Pedindo a punição com gritos de ordem, os manifestantes foram até a casa do legista, onde penduraram faixas e picharam o asfalto e a calçada.
O movimento é inspirado nos atos promovidos na Argentina e no Chile para cobrar punição aos agentes das ditaduras locais. Segundo a estudante de artes plásticas Cândida Guariba, a ação é importante para mostrar que os colaboradores da repressão ainda estão presentes na sociedade. “Vir até a casa dele representa marcar essa memória. Mostrar para as pessoas que ele está vivo, que mora perto delas e está totalmente impune”, ressaltou a jovem cuja avó, Heleny Guariba, é desaparecida política.
Presa por duas vezes à época da ditadura, Ângela Mendes de Almeida acredita que é importante dar nome aos autores dos crimes cometidos durante o regime. “Em geral, o movimento tem se fixado em lembrar os mortos e desaparecidos. Mas nós temos que lembrar também os causadores dessas mortes”, ressaltou a professora aposentada que foi companheira de Luiz Eduardo Merlino, morto sob tortura dentro do Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi).
Ângela garantiu que as manifestações vão continuar. O objetivo principal, segundo ela, é que os agentes e colaboradores da ditadura sejam responsabilizados. “Nós queremos, além da verdade, a justiça.”
Ex-chefe do necrotério do Instituto Médico-Legal (IML) de São Paulo, Harry Shibata é alvo de uma ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal (MPF) por ocultação de cadáver. O órgão pede que o legista perca sua aposentadoria e pague indenização pelos danos causados. O dinheiro deverá ser revertido em iniciativas que permitam que as violações aos direitos humanos ocorridas na ditadura não caiam no esquecimento.
Agência Brasil

sexta-feira, 6 de abril de 2012

RECORD RESPEITA PERSONAGENS GAYS, GLOBO NÃO, DIZ AUTOR DE NOVELAS


O autor de novelas Lauro César Muniz, 74, é o responsável pela nova empreitada da Record, a novela "Máscaras" que estreia dia 10.

Muniz disse, em entrevista para a "Folha.com" que a Record trata melhor os personagens homossexuais do que a Globo.
"(Trata) Muito bem. Nas novelas todas em que aparecem, há personagens que são apresentados com dignidade, normalidade" disse ele.
O autor criticou duramente o personagem Crô, de "Fina Estampa", novela de Aguinaldo Silva.
"É uma delícia esse personagem (Crô), mas é preconceituoso ao meu ver. Ele vira sempre o palhaço, o bobo da corte. Quando tem que fazer rir, o bobo da corte aparece e diverte a burguesia. Acho que é um péssimo exemplo, de comunicação fácil e preconceituosa" explicou.
Ele fez ainda uma análise do beijo gay em novelas. "Esse beijo gay é uma monumental bobagem. O mais importante é demonstrar o afeto entre duas pessoas do mesmo sexo" ressaltou.
Muniz acha que o beijo gay "não é nada" se a "psicologia dos personagens não estiver aprofundada".

DEPOIS DE INGRESSOS CAROS NO RIO, NOVO SHOW DE GAL CHEGA DE GRAÇA A SÃO PAULO


Depois de sete anos longe de disco e show inéditos, Gal Costa estreou a turnê do elogiado álbumRecanto no Rio de Janeiro no final do mês de março. Com direção de Caetano Veloso, autor de todas as músicas do CD, o show inaugurou a sofisticada casa Miranda, um espaço localizado na Lagoa, zona sul do Rio.
Os preços dos ingressos também foram “sofisticados”, o que gerou certa chiadeira, sobretudo nas redes sociais. Chegaram a ser anunciados por R$ 800 (o melhor setor) e, mais tarde, a casa abriu a possibilidade do público se cadastrar como “cliente fidelidade” e pegar metade desse valor. Havia ainda setores com ingressos a R$ 200.
Em São Paulo, será um pouco diferente. Antes mesmo de chegar a uma casa de show, Gal apresentará “Recanto “de graça, ao ar livre. Será  neste domingo, dia 8, às 11h 30, no Parque da Juventude, na zona norte da cidade, dentro do projeto Cultura Livre, do governo do Estado de São Paulo. Em maio, Gal volta à cidade para apresentar seu Recanto na Virada Cultural, promovida pela Prefeitura de São Paulo.
No repertório, além de canções inéditas como “Neguinho”, “Segunda”, “Tudo dói” e o funk “Miami Maculelê”, sucessos da carreira da cantora baiana, entre eles, “Dia de domingo” e “Vapor barato”, e canções que há muito ela na cantava, como “Da maior importância” e “Mãe”.
No palco, Gal será acompanhada pelo trio Domenico Lancellotti (bateria e MPC), Pedro Baby (guitarra e violão) e Bruno Di Lullo (baixo e violão).
Com uma sonoridade eletrônica, reprodução do que foi proposto por Caetano Veloso para o CD, o show causou estranheza a uma senhora durante a turnê carioca. Ela disse a Caetano, que estava na plateia, que o som estava “todo arranhado”. Caetano não gostou e a mandou “calar a boca”. A ‘indignação de Caetano foi filmada pela produtora Paula Pauligne, sua ex-mulher, e publicada na coluna “Rádio do moreno”, no site do jornal O Globo.
Fonte: Época

SESSÃO NOSTALGIA - MAMONAS ASSASSINAS (Irivan Simplício)


No que seria o último show os meninos gritaram "Adeus Brasil" 

Em março de 1989, Sérgio Reoli, ao trabalhar na Olivetti, conhece Maurício Hinoto, irmão de Bento. Ao saber que Sérgio é baterista, Maurício decide apresentar o irmão, que toca guitarra. A partir daí, Sérgio conhece Bento e decidem criar uma banda. Na época, Samuel Reoli, irmão de Sérgio, não se interessava em música, preferindo desenhar aviões. De repente, porém,ao ver Sérgio e Bento ensaiarem em sua casa ele se interessou pela música e passou a tocar o baixo elétrico,estava formada assim a cozinha com baixo,guitarra e bateria. Os três formaram o grupo Utopia, especializado em coversde grupos como Ultraje a Rigor, Legião Urbana, Titãs, Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho, Rush,etc...
Em um show, em Julho de 1990, o público pediu para tocarem uma música dos Guns N' Roses, e como não sabiam a letra, pediram a um espectador para ajudá-los. Alecsander Alves, conhecido como Dinho, voluntariou-se para cantar e provocou grandes risadas da platéia, com sua performance escrachada, garantindo o posto de vocalista da banda. Através de Dinho, entrou o quinto integrante da banda, o tecladista Júlio Rasec.
Utopia passou a apresentar-se na periferia de São Paulo, e lançou um disco que vendeu menos de 100 cópias. Aos poucos, os integrantes começaram a perceber que as palhaçadas e músicas de paródia que faziam nos ensaios para se divertirem eram mais bem recebidas pelo público do que os covers e as músicas sérias. Começaram introduzindo devagar nos shows algumas paródias musicais, com receio da aceitação do público, mas eles perceberam que o público aceitava muito bem as músicas escrachadas,foi ai a chave para o sucesso da banda.
Através de um show em uma boate em Guarulhos (SP), conheceram o produtor Rick Bonadio(mesmo empresário da banda de Santos, Charlie Brown Jr.).Gravaram duas músicas, Pelados em Santos e Robocop Gay e decidiram, então, mudar o perfil da banda, a começar pelo nome, "Mamonas Assassinas do Espaço", criado por Samuel Reoli e reduzido para "Mamonas Assassinas".
A banda enviou uma fita demo com as músicas "Pelados em Santos", "Robocop Gay" e "Jumento Celestino" para 3 gravadoras, entre elas a Sony Music e a EMI. Rafael Ramos, amigo da banda, baterista da banda Baba Cósmica e filho do diretor artístico da EMI, João Augusto Soares, insistiu na contratação. Após assistir uma apresentação do grupo em 28 de Abril de 1995, João Augusto resolveu assinar contrato com os "Mamonas".
Após gravar um disco produzido por Rick Bonadio (apelidado pela banda de Creuzebek), os "Mamonas" saíram em imensa turnê, apresentando-se em programas como Jô Soares Onze e Meia,Domingo Legal,Programa Livre (no SBT), Domingão do Faustão, Xuxa Park (ambos na Rede Globo) e tocando cerca de 8 vezes por semana, com apresentações em 25 dos 27 estados brasileiros e ocasionais dois shows por dia. O cachê dos "Mamonas" tornou-se um dos mais caros do país, variando entre R$50 e 70 mil, e a EMI faturou cerca de R$80 milhões com a banda. Em certo período, a banda vendia 100 mil cópias a cada dois dias.
Em 1992, quando eram o Utopia, os integrantes tentaram tocar no Estádio Paschoal Thomeo (conhecido como Thomeozão), em Guarulhos, porém foram expulsos pelo dirigente do mesmo, que considerava que a banda nunca iria fazer sucesso devido ao nome (Utopia). Em Janeiro de 1996, porém, já como Mamonas, os cinco lotaram o estádio.
O logotipo da banda é uma inversão da logomarca da Volkswagen, colocada de ponta-cabeça, formando assim um M e um A de "Mamonas Assassinas". Um veículo da empresa alemã é citado na canção "Pelados em Santos": a Volkswagen Brasília, e na canção "Lá vem o Alemão" a Volkswagen Kombi.
Os "Mamonas" preparavam uma carreira internacional, com partida para Portugal preparada para 3 de Março de 1996. Porém em 2 de Março, enquanto voltavam de um show em Brasília, o jatinho Learjet em que viajavam, prefixo LR-25D - PT-LSD, chocou-se contra a Serra da Cantareira, numa tentativa de arremeter vôo, matando todos que estavam no avião. O enterro, no dia 4 de Março, fora acompanhado por mais de 65 mil fãs (em algumas escolas, até mesmo não houve aula por motivo de luto).
UM ACIDENTE PÕE FIM AO SONHO DOS GAROTOS DE GUARULHOS
 A aeronave havia sido fretada com a finalidade de efetuar o transporte do grupo musical para um show no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. No dia 1º de março de 1996, transportou esse grupo de Caxias do Sul para Piracicaba, onde chegou às 15h45. No dia 2 de março de 1996, com a mesma tripulação e sete passageiros, decolou de Piracicaba, às 07h10, com destino a Guarulhos, onde pousou às 7h36.
A tripulação permaneceu nas instalações do aeroporto, onde, às 11h02, apresentou um plano de voo para Brasília, estimando a decolagem para as 15h00. Após duas mensagens de atraso, decolaram às 16h41. O pouso em Brasília ocorreu às 17h52.
A decolagem de Brasília, de regresso a Guarulhos, ocorreu às 21h58. O voo, no nível (FL) 410, transcorreu sem anormalidades. Na descida, cruzando o FL 230, a aeronave de prefixo PT-LSD chamou o Controle São Paulo, de quem passou a receber vetoração por radar para a aproximação final do procedimento Charlie 2, ILS da pista 09R do Aeroporto de Guarulhos (SBGR).
A aeronave apresentou tendência de deriva à esquerda, o que obrigou o Controle São Paulo (APP-SP) a determinar novas proas para possibilitar a interceptação do localizador (final do procedimento). A interceptação ocorreu no bloqueio do marcador externo e fora dos parâmetros de uma aproximação estabilizada. Sem estabilizar na aproximação final, a aeronave prosseguiu até atingir um ponto desviado lateralmente para a esquerda da pista, com velocidade de 205Kt a 800 pés acima do terreno, quando arremeteu.
Publicação da época da morte dos mamonas
A arremetida foi executada em contato com a torre, tendo a aeronave informado que estava em condições visuais e em curva pela esquerda, para interceptar a perna do vento. A torre orientou a aeronave para informar ingressando na perna do vento no setor sul. A aeronave informou "setor norte".

Na perna do vento, a aeronave confirmou à Torre estar em condições visuais. Após algumas chamadas da Torre, a aeronave respondeu e foi orientada a retornar ao contato com o APP-SP para coordenação do seu tráfego com outros dois tráfegos em aproximação IFR. O PT-LSD chamou o APP-SP, o qual solicitou informar suas condições no setor. O PT-LSD confirmou estar visual no setor e solicitou "perna base alongando", sendo então orientado a manter a perna do vento, aguardando a passagem de outra aeronave em aproximação por instrumento.
No prolongamento da perna do vento, no setor Norte, às 23h16, o PT-LSD chocou-se com obstáculos a 3.300 pés (1006 metros), no ponto de coordenadas 23º25'52"S 046º35'58"W. Em consequência do impacto, a aeronave foi destruída e todos os ocupantes faleceram no local.

Com informações Wikipédia



3 DIAS PARA SE RETRATAR POR INCITAR A VIOLÊNCIA CONTRA LGBTS

O Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão em São Paulo entrou com ação no dia 16 de fevereiro exigindo retratação do programa "Vitória em Cristo", da TV Bandeirantes, por comentários homofóbicos. Segundo a Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão em São Paulo, o pastor Silas Malafaia defendeu “baixar o porrete” e “entrar de pau” contra integrantes da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo.

A ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) reclamou das declarações ao MP, que abriu inquérito na procuradoria para apurar o caso. O MP pede que a retratação vá ao ar com pelo menos o dobro do tempo usado nos comentários. 

Silas Malafaia agora tem 72 horas para se retratar dos seus comentários de incitar a violência contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais em seu programa na TV.

“Os caras na Parada Gay ridicularizaram símbolos da Igreja Católica e ninguém fala nada. É pra Igreja Católica 'entrar de pau' em cima desses caras, sabe? 'Baixar o porrete' em cima pra esses caras aprender (sic). É uma vergonha”, disse o pastor evangélico, segundo a ação. À procuradoria, Malafaia disse que fez uma “crítica severa a determinadas atitudes de determinadas pessoas desse segmento social, acrescida também de reflexão e crítica sobre a ausência de posicionamento adequado por parte das pessoas atingidas”.

O religioso afirmou ainda que as expressões “baixar o porrete” ou “entrar de pau” significam apenas “formular críticas, tomar providências legais”. 

“As palavras (...) configuram um discurso de ódio, não condizente com as funções constitucionais da comunicação social”, diz o Procurador Regional dos Direitos do Cidadão, Jefferson Aparecido Dias. Para ele, as gírias têm claro conteúdo homofóbico, por incitar a violência em relação a LGBTs. 

Pressão
Durante o inquérito, o pastor pediu a seus fiéis que enviassem e-mails em sua defesa ao procurador, o que gerou centenas de e-mails ao gabinete, segundo o MP. “Da mesma forma que seus seguidores atenderam prontamente o seu apelo para o envio de tais e-mails, o que poderá acontecer se eles decidirem, literalmente, “entrar de pau” ou “baixar o porrete” em homossexuais?”, questiona o procurador.

A ação também é movida contra a Bandeirantes, já que a emissora de TV é uma concessão pública. Segundo o procurador Dias, a TV está presente em pelo menos 90,3% dos municípios brasileiros. “Trata-se de número enorme de pessoas expostas ou passíveis de exposição a manifestações de cunho homofóbico”, afirma.

Para ele, a demora judicial pode permitir que o réu continue “propagando tais mensagens, atentando continuamente contra direitos fundamentais de homossexuais”.

SURGE UMA NOVA VERSÃO DE BARBIE PARA MENINAS COM CÂNCER

A boneca Barbie cresceu – está deixando de ser apenas um dos brinquedos campeões de venda em todo o mundo para se tornar um forte símbolo de uma campanha que visa a elevar a autoestima de meninas que perdem cabelos devido ao tratamento de câncer por meio de quimioterapia. A Mattel, empresa americana que produz a boneca, cedeu aos apelos de uma corrente montada no Facebook pedindo que criasse uma versão de Barbie careca. Aí está ela (foto). Essa nova série não será vendida. A Mattel vai doar as bonecas a hospitais.
Fonte: Isto É

CHILE APROVA LEI CONTRA DISCRIMINAÇÃO APÓS MORTE DE JOVEM GAY


A Câmara dos Deputados do Chile aprovou na última quarta-feira 04 a maioria dos artigos de uma lei que pune a discriminação por orientação sexual ou religiosa, após a morte, na semana passada, de um jovem homossexual atacado por neonazistas.
A lei, que tramitava no Congresso desde 2005, foi votada após a morte de Daniel Zamudio, um homossexual de 24 anos que agonizou por três semanas após ser surrado por um grupo de neonazistas.
O texto assinala que "se entende por discriminação arbitrária toda distinção, exclusão ou restrição sem justificativa razoável efetuada por agentes do Estado ou particulares que cause privação, perturbação ou ameaça ao exercício legítimo dos direitos fundamentais".
A lei cita discriminação por "motivos de raça ou etnia, nacionalidade, situação socioeconômica, idioma, ideologia ou orientação política, religião ou credo, participação em organizações gremiais, sexo, orientação sexual, identidade de gênero, estado civil, idade, filiação, aparência pessoal e doença ou incapacidade".
A Constituição chilena consagra o princípio de igualdade, mas não estabelecia sanções específicas contra atos de discriminação.
Com informações:Mundo Mais

terça-feira, 3 de abril de 2012

GREVE PARALISA OBRAS DO CASTELÃO


As obras do estádio Castelão para a Copa de 2014 ficarão paralisadas pelo menos até o dia 16 de abril, quando será decidido em assembleia se os operários continuarão em estado de greve.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplanagem em Geral (Sintepav), a paralisação começou na manhã desta terça-feira (3) com uma passeata em frente à praça esportiva.
Os operários querem o cumprimento do acordo coletivo firmado entre o sindicato, o Consórcio Andrade Mendonça e Galvão Engenharia e empresas subcontratadas e/ou terceirizadas.
A categoria pede uma série de reivindicações, como a cobrança pelo pagamento de salários atrasados e a quitação das horas extras.
Nota oficial
O Consórcio Construtor explicou em nota que já estava previsto para o dia 12 de abril uma reunião para negociações entre o Sintepav e a classe patronal para discutir as questões do acordo coletivo.
Fonte: DN

domingo, 1 de abril de 2012

NUNCA É TARDE! TRANSEXUAL PAULISTANA FAZ CIRURGIA DE READEQUAÇÃO SEXUAL AOS 68 ANOS!


A cabeleireira aposentada Andréia Ferraresi, 68, de São Paulo, é a transexual mais velha do país a fazer uma cirurgia para troca de sexo. Registrada ao nascer como Orlando, ela esperava pela operação desde 1979, quando recebeu o diagnóstico de transexualidade. Sem dinheiro para pagar pelo procedimento, teve que aguardar até que a cirurgia fosse feita no SUS. Foi operada no dia 27 de fevereiro, no HC.

"Sofri muito na vida por um conflito de identidade e esperei por essa cirurgia desde 1979, quando procurei o HC e recebi o diagnóstico de transexualidade.

Na época, o SUS não fazia a cirurgia. Quem fazia eram os médicos particulares. Fui a dois e me cobraram um preço exorbitante. Minha mãe disse que não tinha dinheiro e eu entendi. Ela já sofria, se sentia culpada por mim.
Sou a caçula de 11 irmãos e todos eram "normais". Os irmãos que nasceram pouco antes de mim eram homens e minha mãe queria que a última fosse menina. E nasceu uma menina, mas com os órgãos que os outros tinham.
O sofrimento sobrou para mim, com "bullying" na escola e aquele conflito de você sentir uma coisa e não ser o que você sente.

Na infância, só brincava com as meninas. Um dia, no colégio, ganhei uma boneca na rifa e os meninos falaram: "Mariquinha, mariquinha!". Eles pensavam que estavam me ofendendo, mas quanto mais falavam mais orgulho eu sentia da boneca.

Com 14 anos, peguei o vestido da minha irmã. O povo dizia que tinha caído certinho em mim. Minhas vizinhas me deram saias e comecei a usar roupa de mulher.

Quem aceitou mais foi minha mãe. Ela sempre quis me proteger. Mas meu pai e um irmão me perseguiram até eu fazer os exames que provaram que eu era transexual.

Quando saiu o diagnóstico me pediram até perdão. É muito ruim você se sentir reprimida pela própria família.
Ainda teve o regime militar. Os transexuais sofreram demais com perseguições policiais. Cheguei a ficar um mês na prisão, mas o juiz me soltou. Viram que eu não tinha perigo nenhum, nunca fui criatura de beber, de vida fácil. Sempre tive meu trabalho de cabeleireira.

O tempo foi passando até que encontrei o CRT [Ambulatório para Saúde Integral de Travestis e Transexuais do Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids], em 2009. Quando cheguei, estava numa depressão fora do comum, um trapo.
Comecei o tratamento com o psiquiatra, tomei remédios por um ano e fui encaminhada para a operação. Sou a primeira do ambulatório a fazer a cirurgia e vou abrir a porta para muitas que precisam.
IDADE
O povo dizia: "Mas não é um pouco tarde para você fazer a cirurgia?". E eu respondia: "Não, eu ainda preciso viver, não vivi minha vida! Estou começando só agora".
Eu tenho idade de vovó, mas me sinto forte e feliz. A velhice está na cabeça das pessoas. Os homens, quando passam por mim na rua, falam: "Quanta saúde!".

Se eu puder pegar um forrozinho, eu vou, faço dança do ventre. Um médico me disse: "Do jeito que está indo, a senhora vai viver uns 95". E eu disse: "Quero viver ainda mais, doutor!".
A cirurgia mudou tudo. Esqueci aquele passado de sofrimento. O que interessa agora é daqui pra frente.
Fiquei muito satisfeita com o resultado. Não tem uma cicatriz. Parece que eu nasci assim. Estou até me sentindo mais bonita.
Já uso o nome Andréia Ferraresi porque um juiz me deu autorização, mas agora está correndo o processo de mudança de sexo também no registro. Quero que aconteça rápido porque preciso casar, preciso de um amor.
Estou solteira, mas a minha felicidade é tanta que namorar é coisa secundária. Quero um amorzinho, mas com o pé no chão. Ficar na vida promíscua eu não quero, porque hoje em dia a doença venérea está demais.
Eu transava bastante quando era mais nova e não tinha Aids. Era um tempo bom. Pena que não vivi integralmente com essa periquita (risos).

Hoje me valorizo mais. A vida não se resume em sexo. Não é porque fiz a cirurgia que vou ficar no oba-oba. Eu fiz para mim, para a minha identidade, para me olhar no espelho e ver que sou mulher, não ver aquela coisa estranha que não estava combinando.

A cabeça da gente muda quando sai da mesa de operação. Ela elimina o que você tem de transtorno na sua cabeça. Fui solta de uma gaiola que me aprisionou por todos esses anos.
Hoje, a passarinha está voando, solta, feliz da vida. Os problemas parecem não ter o tamanho que tinham. Antes pensava que se não consegui um emprego era por causa de preconceito.
Hoje dou uma banana pro preconceito. Só importa que estou feliz da vida, mostrando que idade não tem nada a ver."
fOLHA ONLINE

JEAN WYLLYS: GOVERNO DILMA É COVARDE E NEGLIGENCIA MINORIAS

O deputado federal Jean Wyllys (Psol-RJ) disse, em entrevista ao site Terra na noite de quarta-feira, que a presidente Dilma Rousseff tem negligenciado as minorias e deixado de lado a dicussão de projetos que ampliem os direitos da comunidade LGBT por medo da "chantagem" feita pela bancada conservadora da Câmara Federal sobre o governo.

"O governo Dilma é covarde no que diz respeito aos direitos humanos de minorias. É covarde porque eu acho que o PT tem bancada e tem poder para não se deixar acuar pelo tipo de chantagem da bancada conservadora, e entretanto ele recua muito fácil, toda vez que é confrontado", afirmou. "As minorias estão negligenciadas por esse governo", completou o deputado.

De acordo com o parlamentar, que participou de um debate na capital paulista sobre LGBTs na visão da imprensa, o governo tem sido "covarde" quando confrontado com outras questões polêmicas, como a questão da descriminalização do aborto, por exemplo. "O PT não quer o ônus de assumir essas posições", afirmou.

Na avaliação de Wyllys, que comanda a Frente Parlamentar Mista pela Cidadania LGBT, Dilma tem sido "eficaz" no combate à corrupção e na condução de políticas econômicas para o Brasil, mas decepciona ao abandonar bandeiras históricas do PT para evitar enfrentamento com a bancada religiosa da Câmara e, assim, evitar derrotas em votações que interessam ao Planalto.

Apesar do "recuo" conservador no Executivo, Wyllys disse acreditar que, nas eleições de 2012, o número de candidatos que levantam a bandeira LGBT deve aumentar consideravelmente em relação aos pleitos anteriores, "um pouco por conta da minha chegada ao Congresso", considera. Ele, porém, alerta os eleitores para que fiquem de olho nos partidos e nas propostas dos candidatos. "O fato de ele ser gay por si só não basta", disse.

"Nós temos um aumento de candidatos LGBT nessa eleição, mas se você for olhar, a grande maioria está ligada a partidos conservadores que, em âmbito nacional, trabalham contra a cidadania LBGT. É interessante para esses partidos lançar candidatos gays, porque eles rendem votos", argumentou. "É importante que os gays tenham um pouco mais de educação política."
Com informações Gay1

MULTIDÃO SEGUE FUNERAL DE JOVEM GAY MORTO POR NEONAZISTAS NO CHILE

O jovem gay chileno Daniel Zamudio, morto na terça-feira depois de ser atacado brutalmente por um suposto grupo neonazista, foi sepultado nesta sexta-feira (30) após um funeral marcado por protestos pelo fim da discriminação no país.

O cortejo fúnebre do jovem de 24 anos partiu de sua casa, em São Bernardo (sul), e percorreu um longo trajeto até o Cemitério de Santiago tendo sido acompanhado por milhares de pessoas com flores e panos brancos.

A morte de Daniel Zamudio causou comoção em todo o país. O jovem agonizou por três semanas no hospital. Seus assassinos o espancaram, o queimaram com cigarros, marcaram seu corpo com símbolos nazistas e o apedrejaram.

"Quero agradecer em nome de toda a família. Haverá tempo para a justiça, só peço respeito e agradeço de coração por cada gesto e lágrima derramada por meu irmão", disse seu irmão Diego para a multidão que exigia medidas para proteger as minorias.

Com a morte de Zamudio, o governo anunciou que irá acelerar as discussões no Congresso sobre a lei antidiscriminação que tramita há sete anos.

"O governo quer que o projeto da lei Antidiscriminação possa tramitar da forma mais rápida possível para que a morte de Daniel Zamudio não seja em vão", ressaltou o porta-voz Andrés Chadwick.

A lei, destinada a proteger as minorias raciais, sexuais e religiosas, sanciona penalmente quem realizar ações contra estes grupos.

O projeto de lei foi aprovado em novembro no Senado e agora precisa ser ratificado na Câmara dos Deputados, onde legisladores de direita já expressaram a sua oposição.

Em agosto, o governo de Sebastián Piñera enviou ao Congresso um projeto de lei que regula as uniões civis, inclusive as do mesmo sexo, mas não estabelece a possibilidade de matrimônio.

ONU
O Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, lamentou o crime que custou a vida do jovem chileno e exortou ao Congresso chileno a aprovar a lei contra a discriminação.

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) pediu ao Chile uma "investigação séria" para não se perder na impunidade.
Fonte:Gay1