sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

SESSÃO NOSTALGIA - O ASSASSINATO DE DANIELA PEREZ

GLORIA E DANIELLA PEREZ E OS DOIS ASSASSINOS GUILHERME E PAULA
A morte da atriz Daniella Perez foi um dos casos policiais notórios do século XX no Brasil. Ocorrido em 28 de dezembro de 1992, recebeu ampla cobertura da imprensa e causou comoção popular. Daniella, que à época fazia uma telenovela de grande audiência nacional, De Corpo e Alma, onde era "Yasmin", foi assassinada por Guilherme de Pádua, que fazia par romântico com a vítima na trama, e por Paula Thomaz, esposa de Guilherme. O corpo da atriz foi encontrado em uma região de floresta na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, com 18 golpes de punhal, que causaram sua morte. O caso chocou a população brasileira pelos envolvidos no caso serem artistas muito conhecidos e que trabalhavam juntos. A primeira notícia do caso veio a público um dia depois, em 29 de dezembro de 1992, quando foi noticiado juntamente com outra grande notícia de repercussão nacional, o Impeachment do presidente Fernando Collor de Mello.Os dois assassinos foram condenados por júri popular e libertados em 1999.


Assassinato

Em 1992 a atriz Daniella Perez interpretava a personagem Yasmin na novela De Corpo e Alma de autoria de sua mãe Glória Perez , par romântico do personagem Bira, vivido pelo ator Guilherme de Pádua.
Na tarde do dia 28 de dezembro, Daniella e Guilherme gravaram a cena do fim do romance de Yasmin e Bira, logo após a cena, o ator teve uma crise de choro e procurou inquieto por Daniella por diversas vezes no camarim, o que foi presenciado por camareiras do estúdio. Segundo as camareiras ele entregou a Daniella dois bilhetes mas a jovem se recusou a dizer do que se tratavam, apenas aparentou grande nervosismo.
No fim da tarde, Guilherme deixou o estúdio Tycoon na Barra da Tijuca onde a novela era gravada, foi até seu apartamento na Avenida Atlântica em Copacabana e buscou sua mulher Paula Thomaz , grávida de 4 meses. Munidos de um lençol e um travesseiro, o casal deixou o prédio novamente em direção aos estúdios Tycoon, onde Daniella continuava gravando. Ao chegar ao local, Paula ficou esperando no estacionamento deitada no banco de trás do Santana de Guilherme, coberta com um lençol enquanto o ator retornou ao estúdio.
Por volta de 21 horas, Daniella acabou de gravar suas cenas e deixou os estúdios se dirigindo ao estacionamento na companhia de Guilherme. No estacionamento tiraram fotos com fãs, após as fotos e depois de uma conversa, a atriz saiu do estúdio dirigindo seu Escort, logo após Guilherme saiu atrás dirigindo seu Santana. Minutos depois, Daniella parou no posto Alvorada localizado na Avenida Alvorada para abastecer. Na saída do posto, seu carro foi fechado pelo Santana de Guilherme que a esperava no acostamento. Após a fechada, os dois descem de seus respectivos carros e Guilherme defere um soco no rosto da atriz que cai desacordada, soco esse que foi presenciado por dois frentistas do posto. Guilherme então coloca a atriz desacordada no banco de trás de seu Santana, que passa então a ser dirigido por Paula. Guilherme toma a direção do Escort de Daniella e ambos os carros saem do Posto em direção à Avenida das Américas. Da Avenida das Américas, os carros entram na Rua Cândido Portinari, uma rua deserta da Barra da Tijuca, e param em um terreno baldio.
No terreno baldio, Guilherme e Paula começam a apunhalar Daniella dentro do carro, depois transportam o corpo da atriz para o matagal onde continuam as estocadas, com um punhal. A perícia comprovou que Daniella Perez foi morta com 18 estocadas que atingiram o pulmão, o coração e o pescoço da atriz. O advogado Hugo da Silveira passava pelo local do crime, achou estranho dois carros parados em um local ermo, e pensando se tratar de um assalto, anotou as placas e pode ver que um casal estava no Santana, podendo ver também uma mulher de rosto redondo que concluiu se tratar de Paula Thomaz, posteriormente reconhecida pela testemunha. Hugo após chegar em casa chamou a polícia.
A polícia ao chegar ao local, só encontrou o Escort de Daniella. Enquanto um policial ia comunicar o descobrimento do veículo, outro policial se escondeu atrás de uma moita, pelo fato do local ser muito perigoso e aí apareceu o corpo de Daniella.
Na delegacia, Guilherme e Paula chegaram a consolar a mãe e o marido da atriz, o ator Raul Gazolla.
A polícia com a placa do carro anotada foi até os estúdios Tycoon e descobriu ser do carro do ator Guilherme de Pádua, porém a placa anotada foi OM1115 e a placa do ator na planilha do estúdio era LM1115, o que mais tarde se comprovou que a placa foi adulterada pelo ator, transformando o L em um O, fato que ajudou a derrubar a versão da defesa de crime passional, uma vez que não se adultera placa de carro em crime passional. Assim a polícia chegou ao suspeito.
Na manhã do dia 29 de dezembro, a polícia chegou ao apartamento de Guilherme e ele foi levado para a delegacia. Inicialmente o ator negou a autoria do crime mas no mesmo dia acabou confessando. Numa conversa com os policiais, Paula chegou a confessar a participação no crime, mas em depoimento negou a autoria do crime, o delegado do caso também chegou a ouvir um telefonema de Guilherme para Paula, em que ele dizia para ela que iria segurar tudo sozinho, assim a polícia também passou a suspeitar de Paula.
Guilherme e Paula ficaram presos definitivamente no dia 31 de Dezembro .
Guilherme em seus depoimentos afirmou que cometeu o crime sozinho, sob forte tensão emocional, afirmando que Daniella o assediava, pressionando para que ele terminasse seu casamento com Paula e assumisse um romance com ela. Em agosto de 1993, o ator mudou seu depoimento, afirmando que Paula também estava no local do crime. No entanto, Paula sempre negou estar no local, acusando Guilherme de ter matado Daniella sozinho.

Julgamento

Guilherme de Pádua Thomaz foi levado a julgamento em Janeiro de 1997. Em depoimento, afirmou que Paula deu as tesouradas sozinha, e que Daniella tinha ido ao local do crime por sua própria vontade, o ator disse também que levou a atriz ao local do crime para provar para sua esposa Paula que não tinha um caso com Daniella.
Em 23 de Janeiro, o júri condenou o ator por 5 votos a 2, o juiz José Geraldo Antônio leu a sentença de 19 anos de prisão sob forte aplauso da platéia no Tribunal.
Em Maio de 1997, foi a vez de Paula Nogueira Thomaz ir a júri popular. Em depoimento Paula negou estar no local do crime alegando uma versão fantasiosa de que teria passado 8 horas no Barra Shopping sendo que não foi vista por ninguém, nem apresentou nenhuma prova que estivesse no local.
Em 16 de Maio, Paula foi condenada pelo júri por 4 votos a 3, a leitura da sentença pelo juiz José Geraldo Antônio, que condenou a ré a 18 anos e seis meses, foi transmitida ao vivo pela TV.

Prisão

Na prisão, nasceu o filho de Paula e Guilherme, Felipe, em Maio de 1993.
O casal se divorciou ainda na prisão após a mudança da versão de Guilherme para o crime, ao dizer que Paula também participou.
Ambos saíram da cadeia antes de cumprirem 7 anos de pena em 1999, o que gerou muita indignação.

Motivação do crime

A versão provada no tribunal da motivação do crime foi a apresentada pelo promotor Maurício Assayag e pelo advogado de acusação Arthur Lavigne. Segundo ela, Guilherme era quem assediava Daniella. Dias antes do crime, Guilherme teria ficado inseguro ao receber os capítulos da novela e visto que ele não estaria em 2 capítulos, pensou que seu personagem estava diminuindo por influência de Daniella que era filha da autora. Supondo que Daniella havia contado à mãe das suas investidas, o ator armou a mão da esposa, que tinha muito ciúmes de Daniella.

A arma do crime

Desde o início das investigações, os peritos deixaram muito claro que a arma do crime não foi uma tesoura: foi punhal.
O laudo da perícia revela que os ferimentos que atingiram Daniella foram feitos por instrumento perfurocortante com dois gumes.
As perfurações encontradas na blusa de malha que Daniella usava, mostram que o instrumento não entrou esgarçando, como uma tesoura entraria, mas cortando. A tesoura, para ser considerada perfurocortante terá que ser acionada aberta, o que, sem dúvida, acarretaria, além de um número variado de lesões muito superficiais, outras que se restringiriam à epiderme, o que não aconteceu. Os golpes foram precisos e atingiram 8 vezes o coração de Daniella.
Outra evidencia que desmente a manobra: apunhalar alguém com uma tesoura aberta provoca inevitavelmente ferimentos na mão de quem apunhala, porque a pessoa teria que agarrar o gume para efetuar os golpes -nem Paula Thomaz nem Guilherme de Pádua tinham qualquer ferimento nas mãos.
A tesoura foi inventada para escamotear a premeditação. Estaria no carro para que Paula Thomaz abrisse sacos de leite! De acordo com essa versão, Paula Thomaz estava sempre tomando leite, mesmo dentro do carro, nos trajetos cotidianos. Por isso precisava ter sempre uma tesoura à mão. Porém, as pessoas que conviveram com ela, nunca a viram tomando leite e depois do crime não há registros de que tenha o feito.
Assista vídeo do Globo Reporter sobre o assassinato da atriz:

6 comentários:

  1. Respostas
    1. Amava o caramba meooh se liga se ele amasse ela ia tentar conquistar ela e não matar de uma forma tão cruel...

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    2. ENYÃO DEIXA ELE AMAR DESSE JEITO A TUA MÃE, IRMÃ OU FILHA.

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    3. Quero que ele ame sua mae e irma da mesma forma , esse sim é um assassino viadinho

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  2. Boa tarde:

    Um dos piores crimes brasileiros_e há tantos... até nos perdemos!
    Quem cometeu isso achava que não seria pego/descoberto; e se fosse hoje - pior ainda_pois há câmeras até EM NOSSAS RESIDÊNCIAS.
    O que se conclui é que TODOS NÓS ESTAMOS VULNERÁVEIS A TAIS COISAS EDMUNDAS_principalmente quando se é criança/mais jovem... Onde não se tem noção/somos ingênuos mesmo!
    Sobre o tal casal: ele parece que teve uma VIDA CONTURBADA EM MG, saiu isso numa revista famosa. Ela já tinha antecedentes (parece que quando era menor ia a shows masculinos... e tentava atacar mulheres com CACOS DE VIDRO!).
    Até penso uma coisa macabra/inclusive ridicula: naquela imagem irritante deles num tribunal onde ele acaricia a barriga dela_e com uma PESSOA NO MEIO... Confesso que se fosse a VÍTIMA eu diria, SEMPRE QUIS SER UMA PESSOA NUMA (...)ELAÇÃO! E também daria UM BEIJO EM CADA UM. Confesso que seria uma baita vingança.
    Uma vez vi a Gloria Perez na rua, depois disso tudo (junho de 93): ela passeava com um cão_com cara de sem graça_muito/as a olhavam.
    E antes - vi uma vez a DANI dirigindo; moravam numa parte boa do RJ (altos do JB).
    Digo que morrer/ter alguém estimado falecendo de causas naturais (doenças_e das piores) já não é legal... Imagina HOMICÍDIO_onde entra a questão do óbito e do crime!.
    Em países onde as leis são severas_por muito menos a condenação é pesada/brusca mesmo.
    E outros partes do blog aqui apelam um pouco_seria bom retirar tais.

    Tchau,
    Rouan

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  3. e teria que ter pena de morte no brasil!se tivesse os inocentes não morreriam!
    e nosso brasil está devagar demais!só marginal!e ninguém faz nada!

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